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Secretário de Segurança do Rio diz que não negocia com traficante

Advogado de Nem havia sugerido um acordo para que os confrontos cessassem

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O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Roberto Sá, afirmou nesta quarta-feira (20) que a polícia não negocia com criminoso. A polícia tenta prevenir o crime, reprime as ações do crime organizado, investiga e entrega o criminoso à Justiça, disse Sá, durante cerimônia no quartel-general do Corpo de Bombeiros, no centro da cidade.

O advogado Jaime Fusco, que defende Antônio Francisco Lopes, o Nem, ex-comandante do tráfico de drogas na favela da Rocinha, propôs um acordo com a Secretaria de Segurança Pública para terminar com a guerra entre quadrilhas nesta comunidade da zona sul do Rio. Ele sugeriu inclusive que Nem fosse transferido para um presídio do Rio de Janeiro.

“Este é o meu recado", respondeu o secretário. "O que a polícia faz é descobrir quem é o criminoso, prendê-lo e entregá-lo à Justiça”.

>> Rocinha: Pezão diz que vetou ação da polícia para evitar morte de inocentes

O secretário disse que soube, por intermédio do setor de inteligência, que Nem deu a ordem para o ataque à Rocinha no fim de semana para tentar reaver o controle dos pontos de venda de drogas na região. A comunidade é dominada por Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, antes ligado a Nem e que atualmente controla com mão de ferro a favela.

Operações conjuntas

Roberto Sá informou que, nos próximos dias, haverá novas operações integradas com a participação das Forças Armadas. Segundo ele, a secretaria está em contato permanente com as forças militares, e novas ações serão implementadas contra o crime organizado no Rio, dentro do Plano Nacional de Segurança.

Policiais fazem operação pelo 3º dia na Rocinha e em outras comunidades do Rio

Policiais militares continuam nesta quarta-feira (20) com as operações em busca dos responsáveis pelos confrontos armados de domingo (17) na Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Nesse terceiro dia de operações, a Polícia Militar (PM) faz ações de busca de suspeitos, armas e drogas na Rocinha, Chácara do Céu (no Leblon, na Zona Sul), em São Carlos (no Estácio, na região central) e na Vila Vintém (na Zona Oeste).

Grupos criminosos rivais se enfrentaram no domingo, em uma disputa pelo controle dos pontos de venda de drogas ilícitas. Nesses confrontos, pelo menos uma pessoa morreu e três ficaram feridas com tiros.

Na segunda-feira (18), mais três mortes foram confirmadas na Rocinha. Um homem morreu supostamente em confronto com a PM e dois corpos foram encontrados carbonizados dentro da comunidade.

As ações na Chácara do Céu, em São Carlos e na Vila Vintém estão relacionadas à operação na Rocinha. A polícia acredita que os criminosos partiram dessas favelas para tentar invadir a comunidade da Zona Sul.

Com Agência Brasil