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STF decide manter investigações sobre Eduardo Paes no Supremo

Ex-prefeito do Rio e o deputado Pedro Paulo são acusados de corrupção passiva e lavagem de dinheiro

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No início da noite desta terça-feira (19), a primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por três votos a dois manter a investigação sobre o ex-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), aberta. A investigação é baseada nas delações premiadas de executivos da empreiteira Odebrecht.

O ex-prefeito era investigado junto com o deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ), que foi secretário de governo de Paes durante mandato na prefeitura do Rio, porém após o caso ser retirado da Operação Lava Jato o ministro Marco Aurélio Mello enviou a parte que citava Paes para a Justiça Federal do Rio de Janeiro, pois o ex-prefeito não possui foro privilegiado. A defesa de Eduardo Paes entrou com recurso alegando a denúncia não poderia ser desmembrada.

Após o pedido da defesa, os ministros Luiz Fux, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso concordaram que as suspeitas eram conjuntas e que, por isso, não poderiam ser investigadas separadamente.

De acordo com os delatores da Odebrecht, Pedro Paulo recebeu R$ 3 milhões para financiar sua campanha à Câmara dos Deputados em 2010, além de outros valores na campanha de 2014. Paes teria sido um intermediador nas negociações.

Ainda segundo os delatores, o ex-prefeito teria recebido mais de R$ 15 milhões para a campanha à reeleição à chefia do executivo, em troca disso, Paes deveria facilitar contratos para a empreiteira durante as obras para os Jogos Olímpicos.

Com base nas delações, os dois são investigados pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

Em abril, quando as investigações vieram à tona, os ex-prefeito afirmou por meio de nota que as acusações eram “absurdas e mentirosas”, e que, jamais havia recebido vantagens indevidas por obras relacionadas aos Jogos Olímpicos.

Na ocasião, o deputado Pedro Paulo negou ter recebido as doações e afirmou que nunca manteve nenhum tipo de relação com os delatores.