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Secretário da Defesa Civil pede exoneração após 34 bombeiros presos

Esquema de venda de alvarás e pagamento de propina envolvia assessores do comandante-geral

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O secretário de Estado de Defesa Civil do Rio de Janeiro, Ronaldo Alcântara, pediu exoneração do cargo nesta terça-feira (12). O que levou ao pedido foi a operação que prendeu, até o momento, 34 bombeiros envolvidos com um esquema de venda de alvarás. Entre os presos estão dois assessores do Comando-Geral.

A ação contra o esquema coordenada pela Corregedoria Geral Unificada da Secretaria de Segurança e tem o apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais (Draco-IE) e do Ministério Público estadual.

Foram, ao todom 38 mandados de prisão expedidos contra os envolvidos e 67 ordens de busca e apreensão. Todos expedidos pela 1ª Vara Criminal de Nova Iguaçu. Os investigadores foram às casas dos suspeitos, quartéis do Corpo de Bombeiros e sede de empresas. Entre os comandantes com mandado de prisão os de Caxias e Nova Iguaçu, Irajá, GOPP, Copacabana, Campinho, Jacarepaguá e do Destacamento de Paracambi. Sete Coronéis da reserva também estão nesse processo.

Os dois assessores do comandante-geral indicavam os comandantes dessas unidades, que contavam com a participação dos bombeiros lotados no setor de Engenharia, além de bombeiros da reserva e civis, que intermediavam os pagamentos das propinas pagas por empresários para obtenção do documento que permitia o funcionamento do empreendimento.

Mais de R$ 60 mil foram apreendidos na casa do tenente-coronel Silva André, além de um carro Kia Sportage novo. Uma BMW foi encontrada na casa do cabo Flavio Feliciano, motorista do coronel André Morgado. Também foi detido um dos três empresários alvos da ação.