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Mídia internacional repercute operação "Unfair Play"

Deutsche Welle, New York Times, BBC, The Guardian, e Le Monde publicaram

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Nesta terça-feira (5) a força-tarefa da Lava Lato deflagrou a operação "Unfair Play" (Jogo Sujo), que investiga fraudes, desvio de dinheiro e compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016. 

A mídia internacional publicou várias matérias sobre o esquema que tem como alvo o empresário Arthur Cérsar de Menezes Soares Filho, conhecido como "rei Arthur", e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman.

O Ministério Público Federal aponta "fortes indícios" de que Nuzman "interligou corruptos e corruptores" na compra de votos de membros do Comitê Olímpico Internacional (COI).

O jornal norte-americano The New York Times diz que "uma organização criminosa dentro do governo do Estado do Rio de Janeiro deu apoio financeiro a um esquema de compra de votos que ajudou a levar os Jogos Olímpicos de 2016 ao país, de acordo com a justiça". O diário acrescenta que "entre o juiz Marcelo Da Costa Bretas apreendeu o passaporte de Carlos Arthur Nuzman, chefe do Comitê Olímpico Brasileiro, e congelou seus bens". 

> > The New York Times

O francês Le Monde descreve que a polícia afirmou em um comunicado que "funcionários da polícia judicial brasileira, acompanhados por seus homólogos franceses e americanos, procuraram evidências sobre "a compra de votos para a eleição pelo Comitê Olímpico Internacional da cidade anfitriã dos Jogos Olimpíadas de 2016".

A reportagem informa que na França, uma investigação semelhante já foi lançada pelo Departamento de Finanças Nacionais (PNF), que está trabalhando em suspeitas de corrupção sobre a escolha da sede das Olimpíadas de verão de 2016 no Rio, decidido por um voto de membros do COI, em 2 de outubro de 2009 em Copenhague, em detrimento de Chicago, Madrid e Tóquio.

De acordo com documentos transmitidos pelas autoridades fiscais dos EUA aos tribunais franceses, revelados por Le Monde em março de 2017, uma empresa (Matlock Capital Group) que administra os interesses de um empresário brasileiro, Arthur Cesar de Menezes Soares Filho, pagou três dias antes da votação o montante de US $ 1,5 milhão para uma empresa de papa Massata Diack, filho do chefe na época da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) e do membro do COI, Lamine Diack.

O vespertino destaca que "o empresário brasileiro é um amigo íntimo de Sergio Cabral, governador do Estado do Rio entre 2007 e 2014, condenado a 14 anos de prisão em um mega escândalo de corrupção no Brasil. Em 2 de outubro de 2009, Papa Massata Diack, um poderoso consultor de marketing para a IAAF, transferiu US $ 299,300 de sua empresa para uma estrutura (Yemi Limited), que o Le Monde conseguiu descobrir através da Panamá Papers do ex-campeão atlético namibiano Frankie Fredericks. 

> > Le Monde

The Guardian anuncia em sua manchete "Presidente do Comitê Olímpico da Rio 2016 é investigado por compra de votos". O periódico conta que Nuzman é suspeito de intermediar os votos dos membros africanos do Comitê Olímpico Internacional (COI) pela escolha do Rio como país anfitrião para as Olimpíadas.

Em março de 2016, os organizadores das Olimpíadas Rio de 2016 negaram que a compra de votos ajudou a sediar os Jogos. O COI disse que começou a investigar as alegações.

> > The Guardian