ASSINE
search button

Corrida ao governo do Rio mobiliza “forasteiros” e antigos caciques políticos

Especula-se que o ministro da Defesa, Raul Jungmann, transfira seu domicílio eleitoral 

Compartilhar

Ainda falta mais de um ano para as eleições e as finanças do Governo do Estado do Rio de Janeiro andam péssimas. Mas isso não afasta nem um pouco a vontade dos políticos de tornarem-se governador. Inclusive de “estrangeiros” que vêm no Rio uma vitrina para o sucesso na carreira. A expectativa comentada no meio político é a da candidatura do ministro da Defesa, Raul Jungmann, do PPS de Pernambuco, por onde é suplente de deputado federal, ao cargo de chefe do Executivo fluminense. Ele quer aproveitar as ações das Forças Armadas em prol da segurança no Estado para ganhar notoriedade.

Segundo fontes do PPS, em notícia da coluna Brasil Confidencial, da revista Isto É, Jungmann tem avaliado transferir seu domicílio eleitoral para o Rio de Janeiro.

O presidente do PPS, deputado federal por São Paulo Roberto Freire, e políticos pernambucanos afirmam que já conversaram sobre o assunto com o ministro, que nega a intenção.

“É algo que o próprio partido admite como uma hipótese. Ele é um nome nacional. A presença dele frente à movimentação das Forças Armadas o credenciam. Ele está tendo um papel de expressão”, disse Freire. O presidente nacional do PPS contou também que houve a cogitação de o domicílio eleitoral do ministro ir para o Distrito Federal. O prazo para a transferência finda-se em 7 de outubro, um ano antes da eleição.

O desgaste do Governo do Estado e a falta de opções têm gerado uma busca por novidades, o que poderia dar a chance a um “forasteiro”, seja quanto à sua origem ou quanto ao envolvimento na política, como é o caso do ex-treinador da seleção brasileira de vôlei masculina, Bernardinho. Ele já foi filiado ao PSDB e, recentemente, filiou-se ao Novo. Desde as eleições de 2014 há comentários de que possa ser candidato.

Outro nome cotado para disputar o Governo do Estado em 2018, só que já conhecido da população, é o do ex-prefeito da capital Eduardo Paes. Ele, que reside fora do país desde o início deste ano, seria a grande aposta do PMDB.

Paes, no entanto, corre risco de ser ainda mais envolvido nas acusações de corrupção que rondam o partido. Ele também é investigado por corrupção e lavagem de dinheiro após ser citado nas delações da Odebrecht.

Mais um que não confirma mas é dado como um forte candidato a governador fluminense é o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia.