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"Se não me trato, ia morrer", diz Pezão sobre licença médica em spa

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O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, afirmou nesta quinta-feira (20) que, se não tirasse uma licença médica para se tratar besta semana, poderia morrer. "Eu tomo uma mão cheia de remédios de manhã e uma mão cheia à noite. Se eu não me cuidasse, meu médico falou que eu ia morrer. Cheguei a ter quase 500 de glicose. Se não me trato, eu ia morrer", disse.

A licença médica de Pezão causou grande repercussão, num momento em que o estado atravessa grave crise, com servidores com seus salários atrasados. A informação de que ele não estaria num hospital e sim num spa de alto padrão causou ainda mais reações. Pezão já havia se afastado ano passado do cargo de governador para tratar um câncer. O governador afirmou ainda que não estava num spa, e sim numa clínica médica.

“Eu não fui para um spa, eu me internei numa clínica médica. Eu precisava de tratamento. Eu saí de uma doença muito séria, um tumor muito forte. São oito tumores, saí do tratamento em outubro e, contrariando meus médicos, vim para a luta. E todos eles tinham pedido que eu aguardasse até fevereiro, março e eu não aceitei os conselhos médicos. Eu perdi toda a minha musculatura do corpo, não tinha força para levantar de uma cadeira, me levanto apoiando. Passei 17 semanas no Congresso Nacional e duas semanas no Senado aprovando o Plano de Recuperação", disse Pezão, acrescentando: "Eu não sou uma pessoa demagoga, mas o que mais me faz sofrer é ver que o salário do servidor não está em dia. Eu enfrentei sindicato, enfrentei quase a metade da bancada do Rio de Janeiro que estava contra esse acordo e nós tivemos 316 votos com o nosso trabalho de formiguinha aqui, que dá mais de dois terços da Câmara Federal. Tivemos 56 votos no Senado Federal. Isso não cai do céu, não é fácil. Eu passei 19 semanas aqui, sem cuidar da minha saúde, sendo que tomo uma mão cheia de remédio de manhã e uma mão à noite. Se eu não me cuidasse, meu médico falou que eu ia morrer."

Pezão prosseguiu: "Eu cheguei a ter 304 de glicose. Se eu não me trato, eu ia morrer. Tirei cinco dias. Nesses dois anos e sete meses, tirei três dias no carnaval (de 2016) que eu fui para essa clínica me cuidar e tirei agora cinco dias, isso desde quando eu estou no governo. Em dois anos e sete meses, foram minhas duas únicas viagens, para essa clínica para tentar me recuperar e com o meu dinheiro. Da outra vez, recebi essa crítica e mandei o cheque e a nota fiscal para a revista que insinuou que eu tinha ido de graça para lá. E vocês vão ter disponível, se quiserem, a mesma nota fiscal e meu número de cheque pagando a minha internação lá. Se eu não me cuido, eu não tenho como cuidar bem das pessoas."