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Rio: salário dos servidores pode ser colocado em dia em agosto, diz Pezão

Venda da Cedae e da folha de pagamento viabilizaria acerto

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O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, afirmou nesta quinta-feira (20), após reunião no Palácio do Planalto com o presidente Michel Temer e a cúpula da segurança federal, que espera colocar o salário dos servidores públicos  do estado em dia até o fim de agosto.

Segundo o governador, a normalização dos pagamentos será possível com a venda da folha de pagamento do estado e com o empréstimo federal de R$ 3,5 bilhões, viabilizado a partir da venda da Cedae. "A gente espera atualizar o pagamento dentro do mês de agosto. Temos a venda de folha de pagamento, que vai dar um valor significativo. Estamos contando com esses recursos em agosto. Dá pra colocar a folha em dia junto com o empréstimo", reforçou.

Em nota divulgada nesta quinta-feira (20) o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou ter recebido demanda do governo federal em relação ao processo de compra da Cedae. “O corpo técnico do banco começou a analisar a viabilidade da operação e, assim que houver informações mais precisas, elas serão divulgadas”, diz a nota.

A venda da Cedae foi estabelecida como uma contrapartida da União para prestar socorro financeiro ao estado do Rio de Janeiro, que enfrenta problemas econômicos que afetam a segurança pública e o pagamento dos salários dos servidores, atrasados há vários meses. A crise financeira fluminense se arrasta desde 2015.

Na última sexta-feira (14), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, estimou que em 15 dias deverá ser homologado o acordo de recuperação fiscal do Rio de Janeiro. Para isso, porém, o governo fluminense terá de apresentar o plano elaborado após a inclusão das contrapartidas indicadas pela equipe econômica do governo federal.

Meirelles disse que o estado poderá antecipar valores a serem obtidos com a privatização da Cedae, que estimou entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões. “Estamos também trabalhando no sentido de criar condições para que a Cedae, colocada para a privatização, possa viabilizar o estado a antecipar esses recursos via empréstimos amparados na garantia da própria Cedae e possa fazer que estes recursos venham imediatamente para o estado”, disse o ministro da Fazenda. Meirelles disse ainda que esses empréstimos podem ser fechados com o BNDES, o Banco do Brasil e com instituições financeiras privadas.