O premiado fotojornalista Alberto Jacob morreu de falência múltipla dos órgãos, aos 84 anos, nesta terça-feira (18), no Rio de Janeiro.
O fotojornalista lutava contra um câncer há 10 anos. Deixou quatro filhos, cinco netos e quatro bisnetos.
Ele começou a fotografar profissionalmente nos anos 50 na Revista do Rádio, onde também escrevia.
Registrou a construção de Brasília e foi o único jornalista que estava no palácio Guanabara, na madrugada de 31 de março de 1964, quando Carlos Lacerda recebeu o anúncio do golpe militar.
É um dos nomes mais respeitados do fotojornalismo brasileiro.
No Jornal do Brasil, Alberto Jacob conquistou o Prêmio Esso de Fotografia em 1971, com a foto “O Quase Atropelamento”, também conhecida como “A Mão de Deus”.
"O importante é contribuir para a solução dos problemas, construir alguma coisa. Fico feliz, por exemplo, com uma matéria que fiz sobre a Escola Julia Kubitschek. Ela estava precisando de uma remodelação na época da reportagem. Outro dia passei por lá e vi que estavam reconstruindo. Quanto ao prêmio, ainda não sei bem o que vou fazer. Provavelmente comprar tijolos para a casa que estou fazendo lá em Jacarepaguá - nesses últimos domingos, tenho trocado a câmera pela enxada, preparando o terreno de casa", disse Jacob ao JB em 20 de novembro de 1971 sobre o prêmio.