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Cabral admite que pagou 229 mil euros por joias 'desaparecidas' 

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O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) reconheceu na última quarta-feira (12), em depoimento à Justiça Federal, que deu autorização ao pagamento de 229 mil euros à H. Stern pelo pagamento de joias à ex-primeira-dama Adriana Ancelmo.

De acordo com a joalheria, cujos executivos fizeram delação premiada, a negociação admitida por Cabral pagou por duas peças que não estão entre as 143 apreendidas pela Polícia Federal no cumprimento de três mandados de busca e apreensão para tentar localizá-las.

A diretora comercial da H. Stern, Maria Luiza Trotta, disse que Cabral comprou, em maio e junho de 2015, um anel e um par de brincos, ambos de ouro branco com safira. O valor das duas peças juntas, era de R$ 773 mil. Essas peças não estão entre as apresentadas pela PF como resultado de três operações.

O Ministério Público Federal afirma que o desaparecimento das joias atribuídas a Cabral e Ancelmo é prova de que eles permanecem ocultando patrimônio. As peças mais valiosas atribuídas ao casal ainda não foram encontradas.

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A PF realizou buscas no apartamento de Cabral e Adriana em novembro, na prisão do ex-governador, e em dezembro, quando a ex-primeira-dama foi detida. No mês passado, agentes foram à casa da irmã de Ancelmo e da governanta do casal em busca de mais joias.

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