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Roubo de rua em maio deste ano aumenta 39% com relação a 2016, diz ISP

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No mês de maio, foram registrados 13.851 casos de roubo de rua no estado do Rio de Janeiro. Esse número indica um aumento de 3.932 registros em relação ao mesmo mês do ano anterior, uma variação de 39,6%. 

Cabe ressaltar, porém, que 18% dos registros contabilizados em maio de 2017 foram referentes a eventos ocorridos em meses anteriores, enquanto em maio de 2016 foram 5% os registros referentes a eventos ocorridos em meses anteriores. 

O ISP divulgou nesta sexta-feira (30) as incidências Criminais e Administrativas de Segurança do Estado do Rio de Janeiro referentes ao mês de maio deste ano. Os dados são referentes aos Registros de Ocorrência (RO) lavrados nas delegacias de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro durante o mês.

Se a comparação for feita apenas entre os eventos registrados em maio que efetivamente ocorreram naquele mês, o aumento entre 2016 (9.345 registros) e 2017 (11.325 registros) seria de 21,1%. Quando observa-se o acumulado dos cinco primeiros meses deste ano (46.323 casos), em comparação com os cinco primeiros meses de 2016, há uma redução de 1.841 casos, ou 3,8%; lembrando que a paralisação dos policiais civis no início do ano pode afetar essa comparação.

Homicídio doloso

No mês de maio, foram registradas 424 vítimas de homicídio doloso no estado do Rio de Janeiro, segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP). Esse número indica um aumento de 55 vítimas em relação ao mesmo mês de 2016, ou 14,9% de vítimas a mais. Em relação ao mês de abril de 2017, foram seis vítimas a menos. Já quando observado o acumulado dos cinco primeiros meses deste ano (2.329 vítimas), em comparação com os cinco primeiros meses de 2016, houve um aumento de 230 vítimas, ou 10,9%.

Dados

Os dados de maio, sobretudo aqueles relativos a crimes contra o patrimônio, ainda estão afetados pela paralisação de policiais civis ocorrida nos primeiros meses de 2017, porém em sentido contrário àquele observado nos meses anteriores. Uma parte dos registros on-line que foram efetuados por vítimas no período de paralisação ingressou no sistema da PCERJ ao longo do mês de maio, passando a fazer parte das estatísticas do delito nesse mês (os dados oficiais divulgados pelo ISP são relativos à data da comunicação da ocorrência nas delegacias). 

Além disso, é possível que vítimas de delitos ocorridos durante a paralisação tenham se dirigido à delegacia em maio para efetuar o registro. Isso significa que, enquanto os dados possivelmente estavam subestimados nos três primeiros meses de 2017, eles possivelmente estão superestimados para o mês de maio, pelo fato de os eventos ocorridos nos meses anteriores estarem sendo registrados agora no sistema da PCERJ. Por isso, a comparação temporal de estatísticas de indicadores relativos a roubo de rua (Roubo a Transeunte, Celular e Coletivo), assim como os dados relativos a outros tipos de roubos, como roubo de carga e roubo a estabelecimento comercial - deve ser realizada e lida com cautela.

Cabe ressaltar que os títulos de Letalidade Violenta (Homicídio Doloso, Latrocínio, Homicídio Decorrente de Oposição à Intervenção Policial e Lesão Corporal Seguida de Morte) e Roubo de Veículo não foram afetados pela paralisação, pois os registros desses delitos continuaram a ser feitos nas delegacias.  

Resumo de alguns indicadores (comparativo acumulado janeiro/maio 2.016 e janeiro/maio 2.017):

• Homicídio Doloso – Aumento de 11%(2.099 em 2016 – 2.329 em 2017).

• Letalidade Violenta (Homicídio Doloso, Latrocínio, Lesão Corporal Seguida de Morte e Homicídio Decorrente de Oposição à Intervenção Policial) – Aumento de 16,4% (2.528 em 2016 – 2.942 em 2017).

• Policiais Civis e Militares Mortos em Serviço – Redução de uma vítima (15 em 2016 – 14 em 2017).

Indicadores de produtividade policial (comparativo acumulado janeiro/maio 2.016 e janeiro/maio 2.017):

• Recuperação de veículos – Aumento de 31% (11.752 em 2016 – 15.392 em 2017).

• Prisões (Guia de Recolhimento de Preso) – Redução de 4,2% (17.128 em 2016 – 16.408 em 2017).

• Prisões (Auto de Prisão em Flagrante e Cumprimento de Mandado) – Redução de 9,3% (21.916 em 2016 – 19.876 em 2017).

• Apreensões de Adolescentes (Guia de Apreensão de Adolescente Infrator) – Redução de 17,8% (4.298 em 2016 – 3.531 em 2017).