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MPF pode recorrer para que Adriana Ancelmo continue presa

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Procuradores do MPF-RJ devem se reunir nesta segunda-feira (27) para decidir se entram com novo recurso, desta vez no STF, para evitar que a ex-primeira-dama do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo, saia da ala feminina de Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, e volte para casa. As informações são da coluna de Lauro Jardim para O Globo

Adriana pode ganhar a prisão domiciliar já nesta segunda-feira, com a liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça na sexta-feira (24), assinada pela ministra Maria Thereza de Assis Moura. A ex-primeira-dama responde pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.

>> O caso Adriana Ancelmo e as dificuldades de aplicar direitos de mulheres presas

A Polícia Federal ainda tem que vistoriar o apartamento de Adriana Ancelmo, no Leblon, na Zona Sul do Rio, para depois a justiça determinar a transferência. Se transferida, ela não poderá ter acesso a telefones celulares, telefones fixos e internet.

Adriana tinha recebido o benefício da prisão domiciliar no dia 17 de março, mas ele foi revogado pelo Ministério Público Federal. A defesa de Adriana alega que os dois filhos menores, de 11 e 14 anos, não podem ficar sem pelo menos um dos pais. O desembargador do MPF entendeu que o benefício não poderia ser estendido somente a Adriana Ancelmo, já que outras mães que enfrentam a mesma situação não tiveram mesmo benefício. Os advogados recorreram ao STJ, que permitiu a saída de Adriana de Bangu.

A decisão de prisão domiciliar gerou protestos nesta segunda-feira, na esquina da casa da família de Cabral. Cartazes com dizeres como "Direito iguais para as detentas pobres" foram colados nas proximidades.