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Eike Batista é levado para presídio Ary Franco, em Água Santa

Empresário, que tem prisão preventiva decretada, voltou ao Brasil nesta manhã

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O empresário Eike Batista foi levado ao presídio Ary Franco, em Água Santa, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na manhã desta segunda-feira (30). Ele desembarcou no Aeroporto Internacional Tom Jobim às 9h45, e foi recebido pela Polícia Federal, que o levou para exames no Instituto Médico Legal (IML). Em seguida, ele foi encaminhado ao presídio, onde cumprirá prisão preventiva decretada pela Justiça. O empresário estava em Nova York e era considerado foragido pela Interpol. 

Eike Batista viajou para os Estados Unidos dias antes de ser deflagrada a Operação Eficiência (desdobramento da Calicute), que tinha ele como principal alvo. A Justiça decretou sua prisão preventiva, sob acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude em licitações de obras públicas no Rio de Janeiro. De acordo com a investigação, o empresário teria pagado propinas ao ex-governador Sérgio Cabral.  

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Panamá

Um objeto das investigações é o pagamento de uma propina de US$ 16,5 milhões ao ex-governador por Eike Batista e do advogado Flávio Godinho, do grupo EBX, usando a conta Golden Rock no TAG Bank, no Panamá. Esse valor foi solicitado por Sérgio Cabral a Eike Batista no ano de 2010, e para dar aparência de legalidade à operação foi realizado em 2011 um contrato de fachada entre a empresa Centennial Asset Mining Fuind Llc, holding de Batista, e a empresa Arcadia Associados, por uma falsa intermediação na compra e venda de uma mina de ouro. A Arcadia recebeu os valores ilícitos numa conta no Uruguai, em nome de terceiros mas à disposição de Sérgio Cabral.

Eike Batista, Godinho e Cabral também são suspeitos de terem cometido atos de obstrução da investigação, porque numa busca e apreensão em endereço vinculado a Batista em 2015 foram apreendidos extratos que comprovavam a transferência dos valores ilícitos da conta Golden Rock para a empresa Arcádia. Na oportunidade os três investigados orientaram os donos da Arcadia a manterem perante as autoridades a versão de que o contrato de intermediação seria verdadeiro.

“De maneira sofisticada e reiterada, Eike Batista utiliza a simulação de negócios jurídicos para o pagamento e posterior ocultação de valores ilícitos, o que comprova a necessidade da sua prisão para a garantia da ordem pública”, frisam os nove procuradores corresponsáveis por esta Operação.