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Familiares e amigos se despedem de Dona Leda Nascimento Brito, a primeira-dama do JB

Dona Leda faleceu na última quarta-feira (25), em Petrópolis

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No início da tarde desta quinta-feira (26), familiares e amigos prestaram às últimas homenagens à ex-proprietária do Jornal do Brasil, Leda Nascimento Brito, falecida na última quarta-feira (25), aos 94 anos, no município de Petrópolis, na região Serrana do Rio. O enterro da primeira-dama do JB aconteceu no cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul.

Com muita comoção, o amigo de infância Otacílio Oliveira lamentou a perda de uma mulher, classificada por ele como “guerreira e lutadora dos direitos”. Otacílio lembrou, de maneira saudosa, os momentos passados ao lado da amiga.

“Não somos só nós, amigos e familiares, que perdemos uma pessoa querida. O Brasil perdeu uma pessoa importante, uma pessoa que lutou contra a censura e não aceitou calada os absurdos da ditadura. Agora nos resta o carinho e as lembranças de alguém que fez parte da minha vida e que está descansando ao lado do Pai”, emocionou-se.

Dona Leda, como era conhecida, foi casada com o ex-diretor executivo do Jornal do Brasil Manoel Francisco Nascimento Brito que, por 52 anos, ficou à frente do jornal, afastando-se em 2000. O casal teve cinco filhos.

Dona Leda era filha do conde Ernesto Pereira Carneiro e Maurina Dunshee de Abranches Pereira Carneiro, a Condessa Pereira Carneiro. O conde levou Nascimento Brito para o jornalismo em 1949, quando o convidou para dirigir a rádio Jornal do Brasil

Durante os 52 anos à frente do jornal, Nascimento Brito teve em Dona Leda a força e o companheirismo para enfrentar os momentos mais difíceis. Durante o regime militar, assumiu junto com seu marido a posição firme na luta contra a censura, e ajudou a superar todos os obstáculos impostos ao jornal pela ditadura, que deixaram marcas e trouxeram severos prejuízos à empresa. Dona Leda era a primeira-dama do Jornal do Brasil na defesa do país e da liberdade de imprensa.