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Servidores da segurança pública mantêm mobilização, após governo prometer quitar salário

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Mesmo com o anúncio de que o salário de dezembro de todos os servidores ativos e inativos da área de segurança pública do Rio de Janeiro será pago hoje (18), os sindicatos de policiais civis e de agentes penitenciários reforçaram a mobilização das categorias, que estão paralisadas.

O salário de dezembro é parte da dívida do governo do Rio com os profissionais, que ainda cobram o recebimento do décimo terceiro, das horas extras do segundo semestre de 2016 e de prêmios por cumprimento de metas.

Ontem, por meio de nota, a Secretaria de Estado de Fazenda informou por meio de nota que o pagamento dos salários de dezembro da área de segurança pública deve ser efetuado a partir de 13h de hoje e não inclui os pensionistas. Os demais pagamentos ainda não têm previsão para serem quitados.

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Em nota assinada pelo Sindicato dos Servidores do Sistema Penal do Rio de Janeiro (Sindsistema) pede que a categoria continue mobilizada. "Nossas reivindicações abarcam também o pagamento de nossos inativos e pensionistas, o pagamento do 13º, e outras demandas necessárias ao bom desempenho da nossa atividade penitenciária".

Os agentes penitenciários decretaram greve até a próxima segunda-feira, e a visita de familiares aos presos foi suspensa em presídios do estado. As prisões também não estão recebendo novos presos e os já detidos não estão sendo apresentados a varas criminais. Apenas serviços emergenciais serão mantidos, como alimentação, emergências médicas e cumprimento de alvará de soltura.

O diretor do Sindicato de Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro, Leonardo Mota, disse que servidores do IML passaram a manhã na porta da unidade no centro do Rio, reforçando a mobilização. Ele faz um balanço de que a paralisação teve uma adesão "excelente", mas acredita que o pagamento pode enfraquecê-la, apesar de os servidores continuarem sem receber o restante das reivindicações.

"A gente até estima que vai diminuir um pouco por causa das bases, mas a gente vai continuar [a mobilização]", diz ele.