ASSINE
search button

MPF aponta que Sérgio Cabral exigiu R$ 25 milhões em propinas da Andrade Gutierrez

Ex-governador receberia dinheiro de contratos de obras entre estado e empreiteira

Compartilhar

Segundo o Ministério Público Federal, O ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), chegou a exigir R$ 25 milhões da empreiteira Andrade Gutierrez, durante sua gestão. 

Os valores teriam saído de contratos de obras firmadas entre o estado e a empresa. Cabral é réu por corrupção, lavagem de dinheiro e quadrilha/pertinência à organização criminosa e está preso desde o dia 17 de novembro. As informações são do Estado de S. Paulo.

Segundo os procuradores, no período entre 2007 e 2014, enquanto era governador, Cabral seria responsável por eu esquema de cartelização de empreiteiras e pagamento de propina a agentes públicos em grandes obras de construção civil, algumas delas custeadas com recursos federais, segundo a Procuradoria da República. 

“Durante o mandato o ex-governador solicitou cerca de R$ 25 milhões em propina a dirigentes da Andrade Gutierrez, montando a partir de então junto aos seus assessores mais próximos e outras pessoas da sua extrema confiança um multifacetado esquema de lavagem de dinheiro a fim de ocultar a origem dos ganhos espúrios”, dizem os procuradores Lauro Coelho Junior, José Augusto Simões Vagos, Eduardo Ribeiro Gomes El Hage, Leonardo Cardoso de Freitas, Renato Silva de Oliveira e Rodrigo Timóteo da Costa e Silva.

Essa denúncia abrange somente as supostas propinas recebidas por Cabral da Andrade Gutierrez. As delações da empresa e da Carioca Engenharia apontam também uma “mesada” de até R$ 500 mil.

Segundo ex-assessora, Cabral teria “gastos mensais” de R$220 mil

Ainda segundo o jornal, a ex-secretária e ex-assessora do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, Sonia Baptista, afirmou em depoimento à PF que o peemedebista tinha gastos mensais de cerca de R$ 220 mil, incluindo despesas com funcionários, médicos, condomínio, seguro de carros e outras. 

Segundo ela, esses pagamentos eram quitados por Carlos Miranda e Luiz Carlos Bezerra, que também são réus na Operação Calicute, responsável pela prisão de Cabral. Ambos foram apontados pela Procuradoria da República como ‘operadores financeiros’do grupo criminoso supostamente liderado por Cabral.

>> TRF nega pedido de revogação da prisão de Adriana Ancelmo