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Após horas de protesto, sessão para discutir pacote de ajustes é aberta

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Depois de cinco horas de protesto dos servidores do Estado do Rio, a sessão para discutir pacote de ajuste econômico foi aberta na Assembleia Legislativa (Alerj), nesta quarta-feira (16). Cinquenta e quatro deputados participam da sessão no plenário para discutir as medidas propostas pelo governo. 

No início da sessão, o presidente da Casa, Jorge Picciani (PMDB) disse que ficou marcada uma reunião, para a próxima terça-feira (22), com representantes de sindicatos. Eles devem levar uma pauta de sugestões para o governo. 

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Sob clima de forte tensão, servidores do Estado fizeram protesto em frente à Alerj nesta quarta-feira (16), quando começa a ser votado o pacote de medidas e de cortes de gastos do governador Luiz Fernando Pezão. 

Pezão defendeu as medidas e disse que elas buscam dar previsibilidade à folha de pagamento do estado, que, segundo ele, ainda não está garantida para os próximos dois anos. O governador disse ainda que só há dinheiro para pagar dez meses de salários dos servidores ativos e inativos nos próximos dois anos.

Em fevereiro de 2015, em seu primeiro discurso ao ser escolhido como presidente da Alerj, Picciani prometeu tirar toda a cerca de proteção em volta do palácio. 

Confronto

Manifestantes foram impedidos de entrar no prédio da Alerj hoje de manhã por forças de segurança. Cerca de 500 homens da Força Nacional de Segurança reforçaram o policiamento. As grades colocadas em volta de todo o Palácio Tiradentes, e que tiveram custo estimado em R$ 20 mil, a cargo da empresa de engenharia responsável pela restauração da fachada do prédio, foi derrubada pelos manifestantes.

Ao longo do dia, diversos focos de tumulto foram registrados entre os manifestantes. Policiais repreenderam o protesto com bombas de efeito moral, tentando dispersar a multidão. Um manifestante chegou a ser atingido por uma das bombas, sendo socorrido pelos demais. Houve correria pelas ruas das imediações, e comerciantes chegaram a fechar as portas.

Dois soldados do Batalhão de Choque que faziam parte cordão de isolamento do Palácio Tiradentes, sede da Alerj, abandonaram o cerco e se juntaram aos servidores que faziam a manifestação.