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Mulheres marcam "beijaço" em bar da Lapa após discriminação de casal gay

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Ativistas de direitos humanos e LGBTIQs estão convocando pelo Facebook um beijaço (ato coletivo com casais gays) para esta sexta-feira (21), a partir das 22h30, em frente ao bar Os Ximenes (Ximeninho), na esquina das avenidas Gomes Freire e Mem de Sá, na Lapa, no centro do Rio. 

Nesta terça-feira (18), a coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo, informou que um casal de mulheres foi alvo de discriminação por parte do gerente do estabelecimento por estar na fila do banheiro se beijando. Segundo relato do casal, o gerente disse que elas não poderiam se beijar ali e que deveriam "se dar ao respeito para serem respeitadas".

O casal de lésbicas se dirigiu à 5ª DP (Mem de Sá) para registrar a ocorrência, mas recebeu como resposta de um agente, ainda segundo informou uma das mulheres, que o fato não se caracterizava como crime, apesar de duas leis municipais e estaduais preverem punição com advertência, multa, suspensão de funcionamento e até cassação de alvará a estabelecimentos que discriminem clientes em decorrência de orientação sexual.

As autoras do manifesto afirmam que esta não é a primeira vez que o bar tem atitude semelhante e mencionam uma filial do bar na rua Joaquim Silva, também na Lapa: "Já aconteceu violência contra a mulher no Ximeninho do Seláron e agora lesbofobia no da Gomes Freire com Mem de Sá. E se fosse um casal hetero se beijando? Alguém iria constranger? Ou expulsar? Dizemos NENHUM BEIJO A MENOS e vamos reunir o nosso bonde sapatânika e de apoiadores na frente do Ximeninho, na sexta-feira (21/10), às 22h30. Vamos purpurinar, fazer barulho com percussão e dizer que, SIM, NÓS RESISTIMOS E EXISTIMOS. Porque afeto é revolução! E a encruzilhada vai ser SAPATÃO! Por todos os beijos que houver nessa vida!".

Nenhum beijo a menos! Vamos combater a lesbofobia no Ximenes

O Jornal do Brasil entrou em contato com o Bar Os Ximenes por e-mail e ligação telefônica, mas até o fechamento desta matéria não havia obtido resposta do estabelecimento. Até a publicação da reportagem a Polícia Civil, com quem o JB fez contato via telefone e e-mail, também não havia retornado.