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Petroleiros fazem mobilizações no Rio por aumento salarial

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O Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) organizou hoje (29) atos em diferentes pontos do estado como adesão às mobilizações de centrais sindicais e contra a proposta da Petrobras para o Acordo Coletivo de Trabalho de 2016.

Trabalhadores paralisaram as atividades até às 9h nos Terminais Aquaviários da Baía de Guanabara (Tabg), na Ilha do Governador, e marcaram protestos para a frente de prédios da Petrobras, como o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), na Cidade Universitária da UFRJ, na Ilha do Fundão. Também foram convocados atos no Norte Fluminense e em Angra dos Reis.

Segundo a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), outros sindicatos de petroleiros do país também realizam atos nesta quinta-feira. Uma avaliação sobre o movimento deve ser feita ao longo do dia pela federação, que é contra a venda de ativos da companhia e reivindica a reposição da inflação e um aumento real de 10% do salário.

Reajuste de 4,97%

A Petrobras havia informado - por meio de nota divulgada na última terça-feira - que sua proposta de Acordo Coletivo de Trabalho é de reajuste de 4,97% sobre a tabela de Remuneração Mínima por Nível de Regime para quem ganha até R$ 9 mil, e um acréscimo fixo de R$ 447,30 para quem ganha mais que isso. A empresa também pretende reduzir o acréscimo de 100% na remuneração de horas extras para 50% e propôs um plano de redução de jornada com redução de salários para o regime administrativo.

Segundo a empresa, está marcada para hoje uma nova rodada de negociações sobre o acordo coletivo, mas a discussão deve ser com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), da qual não fazem parte a FNP e o Sindipetro-RJ. A FUP confirmou o encontro e disse que a negociação será transmitida ao vivo em seu site.

A Petrobras afirmou hoje (29) que a mobilização proposta pelo movimento sindical não afetou as operações nesta manhã. "A companhia reitera que mantém diálogo permanente junto aos representantes da força de trabalho", acrescenta o texto enviado à Agência Brasil.