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Carlinhos Cachoeira é preso por agentes da Polícia Federal no Rio

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Na manhã desta quinta-feira (28), o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso por agentes da Polícia Federal em um hotel da Avenida Atlântica, em Copacabana, Zona Sul do Rio. Cachoeira cumpria prisão domiciliar desde o dia 11 de junho, quando deixou o complexo penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio.

A 1ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) determinou, na quarta-feira (27), que os empresários Fernando Cavendish (dono da construtora Delta), Carlos Augusto de Almeida Ramos, mais conhecido como Carlinhos Cachoeira, Adir Assad, Cláudio de Abreu e Marcelo Abbud, presos no dia 30 de junho na Operação Saqueador, retornassem ao presídio de Bangu para cumprir prisão preventiva. A decisão dos três desembargadores foi unânime. 

Além de Cachoeira, a Polícia Federal já prendeu Adir Assad, Marcelo Abbud e Cláudio Abreu. Apenas o dono da empreiteira Delta, Fernando Cavendish, ainda não chegou ao presídio, de acordo com a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap).

Operação Saqueador

Os cinco foram presos na Operação Saqueador, no dia 30 de junho, e levados para o presídio de segurança máxima Bangu 8, no Complexo de Gericinó, mas foram liberados para cumprir prisão domiciliar por decisão liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Cavendish cumpre a medida em sua casa, no Leblon, na zona sul do Rio, e Cachoeira num hotel em Copacabana, também na zona sul. A Justiça tinha determinado que os dois e os outros três réus, que moram fora do Rio, permanecessem na cidade até que o julgamento do mérito pelo TRF2.

Cavendish, Cachoeira e mais 20 acusados são réus em ação que corre na 7ª Vara Federal Criminal do Rio. De acordo com o Ministério Público Federal, o grupo participava de um esquema que desviou R$ 370 milhões de obras feitas pela Delta Construtora para 18 empresas fantasmas que pertenciam a Assad e a Marcelo Abbud, em São Paulo, e também a Carlinhos Cachoeira.

As investigações apontaram que, após repassados pela Delta a empresas de fachada, os valores eram sacados em dinheiro para impedir o rastreamento da propina entregue a agentes políticos.

Após as prisões, o então relator do caso, desembargador Ivan Athié, converteu a preventiva em prisão domiciliar e estendeu a decisão aos demais detidos. Contudo, Athié acabou declarando-se suspeito após vir à tona o fato de que Cavendish tinha sido defendido pelo mesmo advogado que havia atuado em favor do desembargador em processo no STJ. Cavendish acabou trocando de advogado na ocasião.