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Ciclovia da Morte: polícia indicia 14 pessoas por queda de trecho e mortes

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A Polícia Civil indiciou 14 pessoas pelo desabamento de um trecho da Ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, em São Conrado, que deixou dois mortos no dia 21 de abril deste ano.  Os indiciados responderão por homicídio culposo.

A queda de trecho da ciclovia, atingida por uma onda, matou o engenheiro Eduardo Marinho Albuquerque, de 54 anos, e o gari comunitário Ronaldo Severino da Silva, de 60.

Sete indiciados são da GEO-Rio. O inquérito aponta que a principal falha dos supostos autores do projeto básico, Geraldo Batista Filho, Juliano de Lima e Marcus Bergman, foi a falta de previsão da incidência de ondas até a ciclovia.

O inquérito aponta ainda que é evidente a responsabilidade do diretor, Fabio Lessa Rigueira, pela fiscalização. Os engenheiros Ernestro Ferreira Mejido e Fabio Soares de Lima, e o geólogo Élcio Romão Ribeiro também faziam parte da comissão de fiscalização.

Seis responsáveis pelo projeto executivo também foram indiciados por não terem levado em conta a ação das ondas. Quatro são do consórcio Contemat-Concrejato, que construiu a ciclovia: os engenheiros Ioannis Saliveros Neto e Marcello José Ferreira de Carvalho, o gerente técnico Jorge Alberto Schneider, e o gerente de obras Fabrício Rocha Souza.

Os outros dois são ligados à Engemolde Engenharia, contratada pelo consórcio para construir pilares e lajes: o sócio e diretor técnico, Claudio de Castilho Ribeiro, e o projetista Nei Araújo Lima. O engenheiro Luiz Andre Moreira Alves, da Defesa Civil do município, também foi indiciado por não ter adotado um plano de interdição da ciclovia em casos de ressacas.

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