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Faperj cria redes de pesquisa no combate ao zika vírus

Programa vai mobilizar 379 pesquisadores de importantes centros de ciência

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A Faperj anunciou a criação e o apoio a seis redes de pesquisa voltadas para o desenvolvimento de estudos sobre zika, chikungunya e dengue. Com recursos de até R$ 12 milhões, a serem disponibilizados em dois anos, o programa Pesquisa em Zika, Chikungunya e Dengue no Estado do Rio de Janeiro – 2015 vai mobilizar 379 pesquisadores de centros de ciência e tecnologia.

O projeto vai priorizar pesquisas que busquem trazer respostas emergenciais sobre as doenças. Entre elas, o diagnóstico sorológico precoce do zika vírus; ações mais eficientes de controle do vetor, o mosquito Aedes aegypti; além da criação de métodos terapêuticos, como a imunização passiva e a possibilidade de vacina; e de estudos que comprovem, cientificamente, os efeitos ao sistema neurológico associados ao zika vírus, como a microcefalia e a síndrome de Guillain-Barré.  

"O trabalho conjunto entre várias universidades vai permitir que tenhamos resultados rápidos, que poderão vir, até mesmo, antes do prazo final do edital, que é de dois anos" explicou o presidente da Faperj, Augusto Raupp.

Novo direcionamento

Com a situação emergencial em que se transformou a epidemia do zika vírus, a diretoria da Faperj tomou a decisão de estimular a formação de redes de pesquisas como forma pragmática de mitigar a expansão dos casos da doença. Parte dos estudos contemplados pelo edital já estava em andamento e, agora, por meio do programa, ganhará um novo direcionamento, mais focado na busca de resultados objetivos e respostas urgentes.

"A ideia é que essas redes interajam com outras, além das fronteiras estaduais e até das nacionais. Mobilizando recursos internacionais, como os vindos da União Europeia e dos Estados Unidos, que já mostraram interesse em um programa de desenvolvimento rápido em vacinas" ressaltou o diretor Científico da Fundação, Jerson Lima.

A rede de pesquisadores apoiada pela Faperj vai mobilizar profissionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Estado do Rio (UniRio), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), além de instituições privadas, como a Universidade Severino Sombra e o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino.

Coordenador de uma das redes de pesquisadores, Wilson Savino, do Instituto Oswaldo Cruz, ressaltou que o edital terá força de mobilizar mais de mil pesquisadores em busca de soluções.

"Estamos diante de uma emergência sanitária de importância nacional. E daremos respostas através da ciência e da tecnologia", disse Savino.