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Presidente do TJRJ assina ato que lança Programa de Apadrinhamento

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“É um expansionismo generoso. Uma expansão de amor”. Assim o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, definiu a assinatura do ato que formaliza o lançamento do Programa de Apadrinhamento para todo o estado do Rio. Ao lado da corregedora-geral da Justiça, desembargadora Maria Augusta Vaz, o presidente firmou, nesta quarta-feira, dia 25, o documento que consolida o projeto, realizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro desde 2013.

Para o presidente do TJRJ, o programa é baseado na solidariedade e nas boas ações. “Essa iniciativa é bonita, porque confere dignidade e carinho às crianças”, afirmou o desembargador Luiz Fernando.

Idealizador do Projeto de Apadrinhamento, o titular da 4ª Vara da Infância, Juventude e Idoso da Capital, juiz Sérgio Luiz Ribeiro de Souza, falou sobre as motivações para a iniciativa. De acordo com o juiz, a ideia nasceu de uma visita a um abrigo na qual pôde perceber os problemas de ordem material e afetivo na vida das crianças, e o projeto proporciona a possibilidade de ajudar oferendo o que parece pouco, mas pode fazer diferença.

“O programa é a ligação entre quem quer ajudar e quem precisa de ajuda, de forma específica”, explicou o magistrado. Segundo o juiz Sérgio Luiz, a expansão do projeto é um passo fundamental, e uma conquista de todos que trabalham pelas crianças. “O meu sonho era despersonalizá-lo. Fazer com que ele deixe de ser um projeto do Sérgio”, declarou, mostrando-se satisfeito com o apoio da Presidência do Tribunal de Justiça.

A coordenadora da Comissão Judiciária de Articulação das Varas de Infância, Juventude e Idoso (CEVIJ), juíza Raquel Chrispino, destacou a necessidade de estruturação do sistema de acolhimento das crianças em situação de risco.

“Uma estrutura melhor de proteção à criança resultaria em diminuição do número de casos de conflitos destas com a lei”, garantiu a magistrada, que considera ainda que as instituições como abrigos de crianças não têm, em geral, condições de funcionamento que satisfaçam os parâmetros e normas brasileiras de assistência social. “Por isso é importante institucionalizar as boas iniciativas”, afirmou.

Também compuseram a mesa da cerimônia de lançamento do projeto os juízes auxiliares da Presidência do TJRJ Antonio Aurélio Abi-Ramia Duarte e Adriana Ramos de Mello, e as juízas auxiliares da Corregedoria da Justiça Simone Lopes da Costa e Regina Lúcia Chuquer de Almeida Costa de Castro.

Como participar

O programa prevê três modalidades de Apadrinhamento: afetivo, colaborador ou provedor. Na modalidade afetiva, o padrinho estabelece vínculos com o menor que vão além do abrigo, como visitas, passeios e comemoração de datas especiais. No colaborador, ele pode contribuir com a prestação de serviços ao abrigo e, no caso do apadrinhamento provedor, é oferecido suporte material ou financeiro a crianças e adolescentes ou às instituições de acolhimento. O Projeto de Apadrinhamento está entre os finalistas do XII Prêmio Innovare, edição de 2015.