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Presos traficantes que agiam em presídio no interior do Rio

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A Operação Apocalipse 2 prendeu quinta-feira (27) 26 pessoas suspeitas de envolvimento com tráfico de drogas e que atuavam dentro do Presídio Carlos Tinoco da Fonseca, em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense.

A operação é resultado de uma parceria entre o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e a 141ª Delegacia Policial, do município de São Fidélis.

Além das prisões, foram cumpridos 70 mandados de busca, com a apreensão de uma pequena quantidade de drogas e dinheiro. Os policiais apreenderam também armas e celulares.

Ao todo, o Ministério Público denunciou 71 pessoas à Justiça. Elas integravam quatro grupos criminosos distintos e foram denunciadas pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção de menores e lavagem de dinheiro.

O promotor de Justiça do Gaeco, Cláudio Calo, informou que os líderes dos grupos criminosos foram presos, sendo que três deles já cumpriam pena. “Três deles já estavam presos no Presídio Carlos Tinoco da Fonseca. Dentro do presídio, os líderes comandavam a distribuição, a venda e a receita usando celulares de dentro da cadeia para manter contato com os vendedores e com os gerentes das drogas.”

Para Cláudio Calo, possivelmente houve conivência ou eventual corrupção de agentes públicos que permitiram a entrada de aparelhos de celular dentro do presídio. “É uma situação intolerável, mas que acontece”. O promotor disse que um requerimento será enviado para a Secretaria de Administração Penitenciária para adote providências a fim de identificar os agentes públicos responsáveis pelas celas desses presos.