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Inea contesta laudo sobre qualidade da água nas raias olímpicas

Instituto garante que "qualidade da água está apta para realização das provas"

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O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) divulgou nota, nesta quinta-feira, em que contesta o laudo sobre a qualidade da água nas raias olímpicas, encomendado por uma agência de notícias. Segundo esse laudo, uma análise da qualidade da água encontrou níveis perigosamente altos de vírus e bactérias de esgoto humano em locais de competições olímpicas e paralímpicas. Esses resultados alarmaram especialistas internacionais e preocuparam os competidores que treinam no Rio, alguns dos quais já apresentaram febres, vômitos e diarreia.

Segundo o Inea, o órgão "monitora há 37 anos e garante a qualidade da água em todos os pontos das raias olímpicas, com exceção da Marina da Glória". Tanto pelos parâmetros europeus quanto americano, a qualidade da água está apta para a realização das provas, garante o Inea.

"O Inea não reconhece para fins de balneabilidade a metodologia da Universidade de Novo Hamburgo, citada em reportagens publicadas no dia de hoje. A Universidade está parecendo buscar notoriedade", acrescenta.

Ainda de acordo com a nota, o Inea executa o monitoramento sistemático da qualidade das águas dos corpos d' água do Estado do Rio de Janeiro, onde se destaca a Baía de Guanabara e praias do nosso Estado há 37 anos.

"Fala-se na reportagem em concentrações  de bactérias e vírus  quando a contagem (Unidade) é de número mais provável (NMP/100ml) ou contagem de colônias. Informa-se que não existem padrões de balneabilidade para vírus", explica o instituto.

"O Inea esclarece que monitora as condições das águas das raias olímpicas de acordo com os critérios nacionais e internacionais recomendados pelo comitê olímpico. Atualmente no Brasil e no mundo para a avaliação das condições de banho, em águas para fins recreacionais, são usados indicadores bacteriológicos, se verificando a quantidade presente de coliformes fecais, enterococos e escherichia coli. Quando essas quantidades são encontradas acima dos padrões determinados, as águas são consideradas impróprias para banho. A Diretriz Européia de 2006 (Official Journal of the European Union (EU) - DIRECTIVE 2006/7/EC), que qualifica a situação das praias remete ao monitoramento somente de escherichia coli e enterococos, assim como a própria revisão da EPA (United States Environmental Protection Agency) publicada no ano de 2012. A norma nacional a ser seguida é a resolução CONAMA 274/2000, que também ratifica o uso de indicadores bacteriológicos para a verificação de balneabilidade das praias", diz o Inea.

E o Instituto do Ambiente prossegue: "Sabe-se da questão da poluição por esgoto na maioria dos corpos d´água do Estado, mas para essa questão mais uma vez o indicador bacteriológico, coliforme fecal, é o mais indicado para aferir a questão, e está sendo monitorado regularmente pelo Inea. De toda forma, observa-se em todas as regulamentações que os padrões de monitoramento bacteriológicos são robustos o suficiente para indicar qualquer risco a saúde do banhista e consequentemente do atleta".

"Neste sentido, o Inea com o acompanhamento da rio 2016 e do comitê olímpico internacional vem monitorando os indicadores oficiais nas áreas de provas e tem divulgado regularmente em seu portal todos os resultados das análises", conclui.