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Morte em Nova Iguaçu: polícia investiga homofobia e intolerância religiosa

Familiares de Adriano da Silva Pereira prestam depoimento em delegacia

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Familiares de Adriano da Silva Pereira, 33 anos, deve prestar depoimento na tarde desta quinta-feira (9/7) na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DH/BF), em Belford Roxo. O rapaz foi encontrado morto dentro de um valão em Nova Iguaçu, também na Baixada Fluminense, com marcas de facada e espancamento. O irmão de Adriano, o fotógrafo Mazé Mixo, acredita que o crime tenha sido motivado por homofobia.

Adriano, que era produtor cultural e atuava ativamente no Rio, saiu de casa no domingo (5/7) dizendo que ia se encontrar com amigos e desapareceu. O corpo dele foi reconhecido por familiares no Instituto Médico Legal de Nova Iguaçu, dois dias depois. O sepultamento do rapaz aconteceu nesta quarta (8), no Cemitério Jardim da Saudade, em Edson Passos, na Baixada.    

Segundo Mazé, o irmão, que era homossexual, não estava em nenhum relacionamento estável e ele espera da polícia uma investigação neste sentido. O delegado responsável pelo caso, Fábio Cardoso, disse que está trabalhando com duas linhas de investigação, ambas envolvendo preconceito e ódio. Segundo Cardoso, o crime pode ter sido cometido por intolerância religiosa - Adriano fazia parte de um centro de candomblé - ou por homofobia. A possibilidade do rapaz ter reagido um assalto é pequena, de acordo com a DH.  

Adriano participava há três anos do grupo tambores de Olokun, adepto do candomblé e foi fundador do movimento 28 de Junho, que apoia as causas LGBT.