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Gaeco faz operação para prender preventivamente integrantes de milícia na Zona Oeste

Policiais e outros acusados agiam dentro de Condomínios em Campo Grande

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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpre na manhã desta terça-feira (30/6) mandados de prisão preventiva contra o policial civil Alexandre Castilho Gouvêa de Oliveira, mais conhecido como Castilho ou Nazista, do policial militar Lucas Nunes de Oliveira, o Goiano, e de Sidney Carvalho da Silva, o Lacraia, acusados de integrar uma milícia chamada Liga da Justiça. A operação foi apelidada de Valkíria e, de acordo com a denúncia do MP, os acusados exercem ações criminosas em um condomínio no bairro de Campo Grande, na Zona Oeste. 

Agentes da Corregedoria Interna da Polícia Civil e da 9ª DP (Catete) prenderam Castilho e Goiano logo no início da operação. Já Lacraia estava foragido até às 10 horas desta terça (30). Na casa de um dos presos foram apreendidos R$ 60 mil e notas promissoras. 

A decisão da 16ª Vara Criminal da Capital atendeu a solicitação feita pelos promotores do Gaeco em denúncia encaminhada no dia 15 de junho. Segundo os promotores, Alexandre Castilho assumiu o controle do condomínio onde atua a milícia em 2011, ao mesmo tempo em que exercia a função de policial civil. Sidney, homem de confiança de Castilho, foi o responsável pela condução de motocicletas utilizadas para a prática dos homicídios ordenados pelo chefe. E Lucas Nunes de Oliveira, o Goiano, é quem executa os homicídios, geralmente da garupa da motocicleta conduzida por Sidney.

No documento, os promotores pedem ainda busca e apreensão em mais de 20 endereços, a maioria no número 3000 da Estrada da Posse, onde se localiza o Condomínio Flor do Campo, citado nas denúncias como ponto de diversos crimes cometidos pela quadrilha, entre eles homicídios, fornecimento irregular de sinal de TV a cabo e de segurança privada, ameaça e constrangimento ilegal.