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Professores, alunos e funcionários dão abraço simbólico em defesa da Uerj

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Professores, alunos e funcionários deram um abraço simbólico hoje (3) na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), no campus Maracanã, zona norte do Rio. Durante o ato, convocado pelo movimento Somos Todos Uerj, cerca de 500 manifestantes exibiram cartazes, faixas e balões brancos, e todos, de mãos dadas, cantaram o Hino Nacional em defesa da universidade e em favor de formas democráticas contra qualquer prática de violência.

A organizadora do ato, professora de educação física Tatiane Alves, disse que o abraço nasceu de um "sentimento coletivo de tristeza e indignação dos três segmentos da Uerj, acerca da depredação do patrimônio e da agressão aos colegas”.

A aluna de direito da Uerj Elizete Oliveira da Conceição avaliou como positivo o abraço à universidade. “Eu trabalho em um projeto social, com mais de 2 mil alunos que saem de comunidades carentes e que pela Uerj tornam-se profissionais. Então, a universidade deve ser valorizada”, ressaltou.

Simultaneamente ao abraço, um grupo de estudantes fazia manifestação contra a reitoria. O aluno de história Deivid Gomes disse que o grupo político, autodenominado Somos Todos Uerj, é ligado ao reitor Ricardo Vieiralves. “Eles estão se colocando agora como os grandes salvadores da crise que a Uerj está passando, quando, na verdade, são eles próprios que levaram a universidade a esta crise”, acusou.

Tatiane, integrante do movimento, rebateu dizendo o movimento não é sindical nem da reitoria, mas um movimento da comunidade. Segundo ela, “as pessoas são livres para pensar o que quiserem, mas seria bom buscar se informar. O Somos Todos Uerj é a voz da comunidade uerjiana”.

Gomes rebateu que o objetivo da intervenção era denunciar tudo que está acontecendo. No seu entender – e dos integrantes dos centros acadêmicos dos cursos – o ato de hoje "é o início da eleição da reitoria, marcada para o segundo semestre deste ano. Então, já estão tentando criar este movimento forte para emplacar o candidato deles”.

Na última quinta-feira (28), durante assembleia que acontecia no campus Maracanã, alunos e pessoas que protestavam contra a demolição de imóveis na Favela Metrô-Mangueira, na zona norte da cidade, promoveram quebra-quebra na Uerj.

A Polícia Civil identificou 12 suspeitos de envolvimento com a depredação do prédio principal. A investigação está a cargo da Delegacia de Polícia da Praça da Bandeira, que instaurou inquérito para apurar o caso. A reitoria avaliou os prejuízos em R$ 100 mil.