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Vigilância Sanitária inicia no Rio fiscalização dos produtos de Páscoa

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Com a proximidade da Semana Santa e a procura principalmente de pescado fresco, salgado e seco (especialmente o bacalhau), além dos tradicionais ovos de Páscoa e chocolates, equipes da Vigilância Sanitária do município começaram a visitar hoje (5) estabelecimentos que comercializam esses produtos para verificar as condições de higiene e conservação, além da qualidade dos produtos.

As ações serão realizadas até o Domingo de Páscoa, dia 5 de abril. Os pontos prioritários das inspeções serão supermercados, fábricas de chocolate, peixarias e distribuidores, além de lojas de departamento. Os principais quesitos a serem analisados pelas equipes serão as embalagens e os rótulos dos produtos, condições de armazenamento, fracionamento, manipulação e o modo de exposição para a venda. Serão desenvolvidas ainda ações específicas em grandes centros de comercialização, como Cobal do Leblon e do Humaitá, e o Posto 6 (em Copacabana), na zona sul; Mercado do Produtor da Barra e Pedra de Guaratiba, na zona oeste, entre outros.

Um dos produtos mais consumidos neste período, o bacalhau, será verificado quanto aos cuidados na pesca, limpeza, método de salga, controle de temperatura e umidade. A Vigilância Sanitária também está atenta quanto aos peixes secos e salgados comercializados. Somente os tipos Gadus morhua e Gadus macrocephalus são considerados legítimos. No Brasil, o primeiro é conhecido como Porto ou Porto Mohua”; o segundo, como Portinho ou Codinho. Os demais dever ser comercializados como tipo bacalhau.

O superintendente de alimentos da Vigilância Municipal, Luiz Carlos Coutinho, explica que um dos problemas mais comuns está relacionado ao bacalhau: “Muitas vezes, é vendido outro peixe salgado e seco, e combatemos essa fraude. Questões relacionadas à rotulagem dos ovos de chocolate e adulteração no azeite - que muitas vezes é composto com óleo e não informado ao consumidor - também acontecem”.

De início, as inspeções têm caráter educativo. O estabelecimento vistoriado que não seguir as orientações iniciais, receberá multas e ainda poderá ser interditado, sem previsão de reabertura. “Aqueles alimentos inadequados, com datas vencidas e inapropriados para o consumo, são inutilizados. O principal objetivo de ações como esta é diminuir o número de infrações e riscos à saúde de todas as pessoas”, diz Luiz Carlos.

O secretário executivo da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), Sérgio Maturo Lopes, concorda com a iniciativa. “A Vigilância Sanitária, assim como o Procon estadual são parceiros, sempre atuando em conjunto conosco, de forma rotineira, e em datas especiais como Semana Santa, Natal e  Ano Novo. A própria Asserj faz reuniões e incentiva cursos periódicos de manuseio de produtos ministrados, pelos próprios fiscais sanitários. O setor está preparado, não apenas aceita, como concorda com essas operações”, declarou.

No ano passado, durante a fiscalização, foram inutilizados 1.430 quilos de alimentos, emitidas 59 multas, e interditados três estabelecimentos. O consumidor que desconfiar da má condição e adulteração dos produtos também pode fazer denúncias pela central de atendimento da prefeitura do Rio (1746). As demandas serão encaminhadas aos técnicos da Vigilância Sanitária, que comparecerão e avaliarão as condições higiênico-sanitárias e aplicarão as penalidades necessárias.