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Trabalhadores defendem manutenção de obras da Petrobras e de empregos

Manifestação ocorreu na manhã desta quarta-feira, em frente a sede da Petrobras

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Cerca de 250 metalúrgicos da indústria naval do Rio de Janeiro protestaram contra a paralisação das obras, devido as investigações da Operação Lava Jato e as demissões em massa, nesta quarta-feira (4), em frente à sede da Petrobras, no centro da cidade. A  Lava Jato apura casos de corrupção envolvendo empreiteiras e a Petrobras.

A criação do movimento é justificada, em texto distribuído a imprensa pela "tentativa de acabar com o setor naval por conta dos desdobramentos da operação Lava Jato. “Na indústria naval, só em dois meses, em Niterói, já perdemos mais de mil postos de trabalho. Nós estamos preocupados porque as empresas [contratadas pela Petrobras para fazer as obras] estão dizendo que isso não vai parar. Enquanto as licitações e as obras da Petrobras não voltarem, eles continuarão demitindo”, disse, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói, Edson Rocha

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, Alex Santos, o número de demitidos no setor nos últimos meses pode chegar a 15 mil em todo o Brasil. Segundo ele, ontem (3), 1,5 mil funcionários da Empresa Brasileira de Engenharia (EBE), que funciona em Itaguaí, no Grande Rio, foram demitidos depois que um projeto de construção de um módulo de plataforma foi concluído e a empreiteira de Cingapura Modec desistiu de construir um novo módulo.

Para os sindicalistas, a Operação Lava Jato precisa punir os culpados pelos casos de corrupção, mas não pode servir de motivo para interromper as obras da Petrobras e causar demissões. Os trabalhadores esperam se reunir ainda hoje com representantes da Petrobras e entregar uma carta para pedir que os projetos e as obras sejam mantidos no país.

Os manifestantes se reuniram, às 11h20, na Rua da Assembléia, esquina com a 1º de março no Centro do Rio. Militares do 5º BPM, na Gamboa, acompanharam a manifestação que seguiu pacificamente. A Rua da Assembléia chegou a ser interditada, mas a circulação dos veículos foi liberada rapidamente. O trânsito ficou intenso na região, porém, segundo informações do Centro de Operações da Prefeitura, não houve interferência dos manifestantes.

Greve será mantida

Na manhã desta quarta-feira, os trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), decidiu na manhã desta quarta-feira que a greve da categoria será mantida até a próxima segunda-feira (9), quando haverá uma reunião. A paralisação se iniciou no dia 25 de fevereiro, após uma assembléia.

Segundo o sindicato, a proposta de aumento de 6% para quem ganha até R$ 5 mil foi e de 5% para que recebe acima desse valor, foi rejeitada, assim como a proposta de aumento do vale alimentação, que passaria de R$410 para R$450.

*Com informações da Agência Brasil