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Polícia Civil ouve PMs envolvidos em morte na Favela da Palmeirinha

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro ouviu hoje (2) os depoimentos dos nove policiais militares envolvidos em operação na Favela da Palmeirinha, em Honório Gurgel, zona norte da cidade,  que terminou com a morte do jovem Alan de Souza Lima, de 15 anos, na sexta-feira (20). Segundo a polícia, o sargento Ricardo Wagner Gomes foi o único que admitiu ter efetuado disparos contra o grupo em que estava o adolescente. O caso está sendo investigado pela 30ª Delegacia de Polícia (Marechal Hermes).

A Polícia Civil não quis dar mais detalhes sobre o caso, sob a alegação de que não pode divulgar o conteúdo de depoimentos, mas afirmou que as investigações continuam e uma reconstituição será agendada. Os PMs podem responder pelos crimes de homicídio e fraude processual, pelo fato de terem forjado a situação, alegando que os adolescentes estavam armados, o que foi contestado por testemunhas.

O caso ocorreu na sexta-feira (20), quando Alan e um grupo de amigos gravavam vídeos com o celular e logo após foram baleados. O acontecimento ganhou notoriedade com a divulgação do vídeo feito pelos jovens durante o tiroteio. O celular de Alan continuou gravando mesmo após o jovem ser atingido e revelou os feridos no chão e as vozes de dois homens, que seriam policiais. Na ocasião ainda foi baleado Chauan Jambre Cezário, de 19 anos, que permanece com a bala alojada no peito.

A PM afastou os policiais envolvidos da corporação e exonerou o comandante do 9º batalhão, tenente coronel Luiz Garcia Baptista. Em nota, o órgão afirmou que a decisão "foi uma decisão do comando da corporação para manter a isenção da investigação que está em andamento sobre a ocorrência do dia 20 de fevereiro". O 9º batalhão está agora sob o comando do tenente-coronel Carlos Roberto Garcia de Oliveira.