O governador Luiz Fernando Pezão se reuniu, nesta quarta-feira (25/2), com 21 líderes comunitários do Complexo da Maré para ouvir as demandas da comunidade. As principais reivindicações dos representantes dos moradores referem-se a obras de saneamento básico, projetos sociais e assistência médica. O encontro, solicitado pelos moradores, aconteceu no Palácio Guanabara, sede do governo estadual.
Na reunião desta quarta-feira, ficou acertado que os líderes comunitários vão elaborar um plano de ações de quatro anos a ser entregue ao governador, que se prontificou a ir ao Complexo da Maré, em companhia de secretários estaduais, para receber o planejamento feito pelos moradores. A reunião foi agendada para o dia 15 de abril, em local a ser definido.
Segundo Pezão, a oferta de serviços de saúde na região vai avançar ainda mais a partir de uma maior integração com o governo federal.
"A Maré recebeu a primeira UPA 24h que o Estado construiu, em 2007. A partir desse primeiro passo, o projeto se tornou uma referência nacional. Tenho conversado permanentemente com o ministro Arthur Chioro para que a gente reabra a emergência do Hospital federal de Bonsucesso e a emergência pediátrica do Fundão", afirmou o governador.
Ainda de acordo com Pezão, o governo do estado e a prefeitura do Rio de Janeiro mantêm uma parceria permanente no Complexo da Maré. O município planeja abrir três novas Clínicas da Família na região, Vila dos Pinheiros, Parque União e Nova Holanda. As obras do complexo educacional também estão em andamento. O conjunto vai abrigar um centro vocacional tecnológico e uma escola de ensino médio técnico. A escolha das especializações foi baseada na demanda de mercado local e contou com a colaboração dos presidentes das associações de moradores da comunidade e técnicos do parque tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A Cedae também tem investimentos em andamento na região. Já foi feita a licitação da obra que vai levar o esgoto dos complexos da Maré, Manguinhos e Alemão, pelo tronco coletor Faria Timbó, à Estação de Tratamento de Esgoto Alegria.
A segurança da região também foi tratada na reunião. Os líderes comunitários pediram ao governador que o diálogo existente com a Força de Pacificação seja mantido com a Polícia Militar, a partir da instalação das Unidades de Polícia Pacificadora. Pezão reafirmou que a ocupação passa por um momento de transição, e a PM está à disposição dos moradores.
"Quanto mais a gente ouve, menos a gente erra. O diálogo é essencial aproximar polícia e cidadão e fortalecer ainda mais essa relação de confiança para que o Rio avance com a pacificação. Voltarei à Maré com os secretários estaduais para discutirmos de que forma vamos atender às reivindicações dos moradores", destacou o governador.