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Com baixo efetivo, guarda-vidas alertam para risco de afogamentos na Zona Sul

Segundo bombeiros, o último concurso foi realizado em 2008

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Não é novidade para ninguém que, com a chegada do verão, a quantidade de pessoas que frequentam as praias do Rio de Janeiro aumenta consideravelmente. Mas se engana quem pensa que com isso o número de guarda-vidas de plantão também aumenta. Nas praias de Ipanema e Leblon, apenas dois guarda-vidas cuidam de uma faixa de um quilômetro de areia.

Um número muito baixo, principalmente por se tratar da vida das pessoas. Segundo um dos bombeiros que trabalham na orla da Zona Sul, e não quis se identificar, o risco de ocorrências com o baixo número de guarda-vidas é enorme.

“São dois guarda-vidas em cada posto. Entre um posto e outro são cerca de um quilômetro de faixa de areia. Como que eu posso garantir a segurança de alguém dessa maneira? A vida das pessoas que frequentam a praia está sendo colocada em risco. O ideal seria, além dos dois em cada posto, mais uns cinco espalhados na areia nesse intervalo de um quilômetro”, comentou o bombeiro.

Os guarda-vidas reclamam que desde 2008 não há aumento no número de efetivos. De lá pra cá já se passaram seis anos, e a quantidade de gente frequentando as praias aumentou consideravelmente. No meio deste ano, o Corpo de Bombeiros divulgou que iria abrir concurso para guarda-vidas. Foi anunciado que iriam abrir 150 vagas, mas segundo os funcionários, o concurso não aconteceu.

“Estamos trabalhando 12 horas por dia. É um trabalho cansativo não só fisicamente, mas psicologicamente também. A idade do pessoal está ficando elevada, e não é feita uma renovação do efetivo. O pior de tudo é que devido às facilidades de transporte como metrô e ônibus, a frequência nas praias aumentou muito”, disse outro guarda-vidas.

De acordo com um dos guarda-vidas que trabalha na Zona Sul, e que também preferiu não se identificar, foi prometido um aumento de 50% do número de efetivos, mas até agora isso não aconteceu.

“Nós fomos informados que haveria um aumento de 50% na equipe, mas isso não aconteceu. O que tem acontecido é a diminuição do efetivo, pois muita gente saiu e não foi substituída”, alertou.

*Do Programa de Estágio do Jornal do Brasil