Mais um policial militar do Rio de Janeiro foi vítima de ação de criminosos, aumentando as estatísticas de violência contra PMs no estado. Na noite da última quinta-feira (18), o PM Bruno Correa Mesquita Neves foi baleado com três tiros numa tentativa de assalto próximo ao Parque de Madureira. Um dos suspeitos morreu quando o PM reagiu à abordagem. Bruno está internado no Hospital Central da Corporação, no Estácio. Segundo amigos da vítima, o policial corre risco de perder a visão de um dos olhos.
De acordo com o 9º Batalhão da Polícia Militar, o assalto aconteceu por volta de 21h30 quando os dois suspeitos se aproximaram do PM. Houve intensa troca de tiro e o assaltante recebeu quatro tiros. O homem ainda não foi identificado. O caso foi registrado na 29º DP em Madureira.
O episódio não é apenas um caso isolado no Rio de Janeiro. Nos últimos meses têm ocorrido uma onda de violência contra policiais militares. Os números oficiais apontam que até novembro deste ano 115 policias haviam sido baleados – sendo que somente 20 estavam em serviço.
Um policial que não quis se identificar afirmou ao JB que os PMs estão com medo do que vem acontecido no estado no último ano. “As pessoas precisam ter a consciência de que o policial não é um super-herói, e sim um cidadão comum, que tem amigos, família. O trabalho do policial é dar segurança para a população e isso não é reconhecido. O que mais tem é órgão de direitos humanos querendo manchar a reputação da PM. Agora nós gostaríamos de ver esses órgãos nos defendendo, afinal, também somos humanos. Sempre recebemos notícias de que um companheiro foi assassinado de maneira brutal, e isso não pode continuar.”
No último dia 1º o Secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, participou de uma reunião com os representantes das polícias Civil e Militar, que afirmou ter sido “estratégica”. “Algumas ações precisamos conferir e confirmar. Acho melhor para todo mundo não comentarmos. Deixar que as coisas aconteçam. São questões estratégicas de inteligência, informações que as duas policias devem trabalhar de forma conjunta", afirmou o secretário.