ASSINE
search button

MPRJ denuncia 19 integrantes de quadrilha que clonava cartões de crédito

Compartilhar

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro denunciou, nesta quarta-feira (19), os 19 integrantes de quadrilha que fraudava cartões de crédito. O bando começou a atuar em caixas eletrônicos do Aeroporto Internacional Tom Jobim e expandiu sua atuação a diversos estabelecimentos comerciais da cidade. Eles usavam tecnologia Bluetooth para roubar informações e fraudaram centenas de cartões em nove meses.

Na denúncia, o promotor de Justiça Sauvei Lai explica que a quadrilha atuava no aeroporto por meio de dispositivo conhecido como “chupa-cabra”. Uma vez instalados nos caixas eletrônicos, os aparelhos copiavam as informações sigilosas para transferi-las para cartões regraváveis. Os crimes ocorriam com a conivência do pessoal do CMES (que opera as câmeras de monitoramento do AIRJ), da empresa de vigilância SEGIL (que controla qualquer movimentação suspeita no local) e da empresa de segurança TRANSVIP (que possui as senhas para a abertura dos caixas eletrônicos).

Após o golpe inicial os criminosos passaram a cooptar funcionários de estabelecimentos, como os restaurantes Pobre Juan e Antiquarios, entre outros, para substituir as máquinas originais de cartão por outras semelhantes, mas com dispositivo que copia dados. Em seguida as informações, como senhas e números de cartões eram transmitidas para um computador ou telefone. Com os dados roubados de diversos consumidores, a quadrilha confeccionava novos cartões e os usava em compras e saques fraudulentos.

Também foi requerida à Justiça a prisão preventiva de oito dos 19 denunciados, incluindo o líder da quadrilha, André Alves da Silva, que está foragido e seu irmão Bruno Alves da Silva. No documento foi relatado todo o funcionamento do grupo, sua forma específica de atuação e distribuição de tarefas. Dez integrantes da organização criminosa já foram presos na semana passada em operação da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e 127 cartões apreendidos. Os presos responderão por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, enquadrados na nova Leio de Crime Organizado, Lei nº 12.850/13, furto mediante fraude, falsificação de documentos e estelionato.