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Campo de Golfe Olímpico tem processo suspenso por 30 dias

Movimento que denunciou as irregularidades faz protesto em frente ao RiservaGolf 

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Ainda sem previsão de acordo entre o Ministério Público e a Prefeitura do Rio de Janeiro, as obras do Campo de Golfe Olímpico continuam. No entanto, no dia 9 de outubro, a pedido da Prefeitura e da Fiori empreendimentos, foi pedida a abertura de diálogo. Como resultado disso, foram protocolados requerimentos com o pedido de suspensão do processo pelo prazo de 30 dias.

O objetivo, segundo o MP, é a complementação dos estudos ambientais mínimos para que as próximas decisões judiciais possam se embasar melhor. Técnicos do Ministério e da Prefeitura trabalharão durante esse prazo, avaliando o terreno do Campo de Golfe.

Ainda, segundo nota do MP, “há muito pouco espaço de flexibilização além do que foi flexibilizado por ocasião das Audiências de Conciliação realizadas, sendo assim, eventual futuro acordo dependerá muito mais da iniciativa das partes rés do que do MP”.

Protesto marcado para este sábado

Com a falta de acordo em relação às obras, o movimento “Golfe pra quem?”, segue protestando e exigindo soluções para o caso. Neste sábado (25), às 11h , o grupo marcou uma manifestação em frente ao stand de vendas do Riserva golfe clube, na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, empreendimento imobiliário construído próximo ao campo de golfe.

>> Biólogo da própria prefeitura condena construção de campo de golfe olímpico

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Jean Novaes, integrante do “Golfe pra quem?”, responsável pelas denúncias feitas contra a prefeitura e a Fiori junto ao MP, a posição é de não aceitar uma proposta de acordo que não cumpra com o mínimo imposto pela lei. “O movimento entende que a opinião publica deve ser cada vez mais esclarecida sobre o que esta acontecendo. não se trata apenas de uma questão ambiental. Ela é conseqüente, temos questões gravíssimas. Nós do movimento entramos com uma representação por improbidade da prefeitura”, destaca.

>>MPRJ recomenda suspensão de obras de construção do Campo de Golfe Olímpico

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"Nós também entramos com uma representação contra a Fiori, porque assim que ela começou a fazer a obra ela removeu a vegetação sem ter feito um plano de manejo. A fiscalização da prefeitura autuou a empresa em mais de um milhão de reais, mas a empresa foi isenta e liberada de pagar a multa", afirmou Jean que destaca ainda que a ação civil pública entregue tem cerca de 70 páginas.

Procurada pelo JB, a assessoria da Procuradoria Geral do Município disse que está esperando a decisão judicial já que nas duas audiências, não houve acordo entre as duas partes sobre as soluções propostas.