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Governo do Estado desapropria área para construir Cidade da Pesca

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Uma área de 465 mil metros quadrados no bairro de Itaoca, em São Gonçalo, foi desapropriada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro para a construção da Cidade da Pesca. O decreto do governador Luiz Fernando Pezão foi publicado no Diário Oficial desta segunda-feira (20/10). O empreendimento, às margens da Baía de Guanabara, na altura da Praia da Beira, vai gerar mais de 10 mil empregos diretos e abrigará o primeiro terminal público pesqueiro do estado. O objetivo é proporcionar a retomada dos investimentos no Rio de Janeiro pela indústria pesqueira, que na década de 80, com a falta de incentivo público, migrou para o sul do país.

Desde a desativação do terminal pesqueiro da Praça XV, em 1992, o setor da pesca no Estado do Rio de Janeiro vem perdendo posições na produção pesqueira para outros estados. Hoje, apenas 30% do pescado fresco no mercado da Ceasa-RJ têm origem no Grande Rio, tendo em vista que o peixe pescado na orla fluminense acaba tendo que ser comercializado e processado em outros estados. Além disso, o município de São Gonçalo precisa retomar o desenvolvimento econômico e gerar mais empregos e renda, revitalizando assim, a ilha de Itaoca, importante potencial para as atividades vinculadas ao setor pesqueiro.

"Na Cidade da Pesca, temos uma preocupação muito forte em investir na questão social, dando todo o suporte à comunidade. Além das novas moradias, que provavelmente serão as primeiras obras a saírem do papel, a ideia é utilizar mão de obra local nessas indústrias, gerando emprego e renda para essas famílias", explicou o arquiteto Carlos Krykhtine, subsecretário de Estado de Desenvolvimento Regional.

Ao todo, serão 630 mil metros quadrados onde serão realizadas as atividades de pesca, armazenamento e beneficiamento de pescado. Com estimativa de ser o maior do segmento em todo o país, o Condomínio Industrial Pesqueiro Sustentável vai aproveitar o píer feito pela Petrobrás como meio de escoamento de insumos para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). A estimativa de investimento é de R$ 100 milhões.