ASSINE
search button

Obras da Linha 4 do Metrô adotam ações sustentáveis

Ideia é reaproveitar o material dos canteiros e ajudar na preservação da natureza

Compartilhar

O Consórcio Linha 4 Sul e o Consórcio Construtor Rio Barra, responsáveis pelas obras da Linha 4 do Metrô, que ligará Barra da Tijuca a Ipanema, têm desenvolvido ações de sustentabilidade para minimizar o impacto causado pelas intervenções e preservar a natureza. "Estamos buscando, para a maior obra de infraestrutura da AL, também um modelo de desenvolvimento sustentável durante a sua execução. Com a conclusão da obra e início da operação da Linha 4, um dos principais efeitos para o meio ambiente será a retirada das ruas de 2 mil carros por hora, em horário de pico, reduzindo emissões de gás carbônico na atmosfera", destacou o secretário estadual da Casa Civil, Leonardo Espíndola.

Reutilização da água e de materiais, estação de monitoramento da qualidade do ar, de ruídos e vibrações, além de mais áreas com iluminação natural nas futuras estações, são medidas adotadas pelos consórcios.

Além da estação de monitoramento, o Consórcio Construtor Rio Barra (CCRB), responsável pela implantação da Linha 4 entre a Barra e a Gávea, contabiliza que cerca de 196 milhões de litros de água passaram pelas estações de tratamento - o que daria para abastecer quase 18 mil casas por um mês. Também foi construída uma central de reciclagem, onde todo o resíduo gerado nas obras é tratado e vendido para empresas licenciadas. Já foram reaproveitadas 55 toneladas de papel/papelão, 5,5 toneladas de plástico, 466 de metal e 3,7 de sucata de cobre.

Na Zona Sul, no canteiro do Poço Igarapava, no Leblon, os gotejos dos aparelhos de ar-condicionado - cerca de 150 litros por semana - servem para a limpeza das salas, pisos e banheiros, junto com a água captada da chuva. Técnica semelhante foi adaptada no canteiro de obras da Estação Antero de Quental, onde a água serve para lavar as botas dos operários. 

Ainda neste canteiro, a Biblioteca Rubem Fonseca foi construída com materiais reciclados pelos operários do Consórcio Linha 4 Sul, responsável pelas intervenções entre Ipanema e Gávea. O espaço, que incentiva a leitura entre os colaboradores das obras nas horas de descanso, foi construído com tijolos feitos a partir de refluxo de Jet Grouting, uma técnica de impermeabilização do solo?.

"A água que sobra do serviço tem restos de cimento e areia. Ao invés de descartar o material, a equipe coloca esta massa em fôrmas. Após 24 horas, ela endurece e pode, então, ser usada como tijolo", explicou Manoel Casadó, engenheiro responsável pelo canteiro de obras da Estação Antero de Quental.

Os acessos dos passageiros à Estação São Conrado vão ganhar claraboias de 16 metros de diâmetro cada, que irão iluminar as bilheterias e as catracas, economizando energia elétrica. A Estação Jardim Oceânico também terá a área externa integrada ao novo modelo paisagístico da região.

A área do canteiro central da Avenida Armando Lombardi, sem edificações e circulação de pedestres, ganhará uma espécie de onda, que se elevará suavemente e retornará ao solo a partir da cobertura vegetal existente. O teto verde será todo coberto com gramas e plantas, além de pontos de captação de luz. Toda a estrutura lateral será em vidro, privilegiando também a entrada da luz solar, com aberturas para a passagem do ar, que vão facilitar a ventilação.  

A Linha 4 do Metrô irá transportar, a partir de 2016, mais de 300 mil pessoas por dia e retirar das ruas cerca de 2 mil veículos por hora/pico. Serão seis estações: Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Antero de Quental, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz, em aproximadamente 16 quilômetros de extensão.? Haverá bicicletários em todas elas, nos acessos de passageiros. Serão pelo menos 300 vagas para bicicletas em todo o trecho, promovendo a integração com o modal. A Linha 4 do Metrô entra em operação no primeiro semestre de 2016.