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Caçador é preso por crime ambiental em Angra dos Reis

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Operação de combate à caça e extração ilegal de palmito, na madrugada de hoje (30), em Garatucaia, distrito do município de Angra dos Reis, litoral sul fluminense, destruiu quatro ranchos de caçadores em área protegida de Mata Atlântica e prendeu um caçador. A operação foi feita por agentes da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), órgão da Secretaria de Estado do Ambiente, com o apoio de agentes da Polícia Militar Ambiental e do Instituto Estadual do Ambiente.

Os policiais e fiscais disfarçaram-se de caçadores, manifestaram intenção de pernoitar na região e avançaram pela mata durante a manhã, detendo em flagrante um caçador que tinha em posse um esquilo e pássaros mortos a tiros. Também foram apreendidos três espingardas, dois trabucos, apitos de caça e cápsulas de munição.

De acordo com o coordenador da Cicca, coronel PM José Maurício Padrone, é importante dar continuidade às ações para acabar com a atuação ilegal dos caçadores. “A área em questão é uma importante fração de Mata Atlântica, e já estava sendo monitorada há tempos, visando a mapear a movimentação de caçadores para o abate de animais silvestres”, disse.

O coronel ressaltou que o amplo conhecimento do terreno, por parte dos caçadores, dificulta as prisões.“Os caçadores, na maioria das vezes, são pessoas muito simples, mas dentro da mata são verdadeiros doutores, e conseguem se antecipar à chegada da fiscalização. Estamos usando toda tecnologia disponível para identificar esses marginais, e recomendo fortemente que eles abandonem essa prática, porque uma vez presos, irão para a cadeia, já que a caça com arma de fogo é crime inafiançável”, alertou Padrone.

Os caçadores presos respondem por porte ilegal de arma de fogo e material de caça em área de mata protegida, arriscam-se a penas de até quatro anos de reclusão e multas individuais até R$ 10 mil.