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"Inferno de Paz": mais um dia caótico no trânsito para o carioca

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Mais uma vez, nesta segunda-feira (15), a população do Rio de Janeiro sofreu com um trânsito que parece piorar a cada dia.  A situação, já caótica do primeiro dia de trabalho da semana para a maioria das pessoas, ganha um quê a mais com as constantes obras que, sem planejamento, enchem a cidade com a promessa de uma situação melhor no trânsito.

Como sempre, nesta manhã, quem pegou a Avenida Brasil para chegar ao Centro da cidade, teve que amargar horas dentro do transporte público, que também já não atende a necessidade da população. Como se já enfrentar o descaso na ida para o trabalho não fosse o suficiente, na volta, a situação é a mesma: transporte público ruim, engarrafamentos, demora e desgaste do cidadão.

Nos outros pontos da cidade a coisa se repete. Todos os caminhos levam ao Centro da cidade e todos eles ficaram apinhados de veículos às seis horas da manhã, uma hora antes da habitual hora do rush conhecida pelos cariocas. O aumento do número de carros nas ruas, a falta de planejamento nas obras da cidade, que parecem ser feitas para atender certos interesses ao invés de pensar na população como um todo, são apenas alguns fatores para o trânsito cada vez mais carregado na cidade.

>> "Inferno de Paz": escândalo está para estourar em obra de São Conrado

Em uma cidade com 16,37 milhões de habitantes, é impressionante que os investimentos em mobilidade se concentrem em apenas poucas áreas da cidade e para poucas pessoas. Neste domingo (14), quem passava pela Avenida Paulo de Frontin, em direção ao Rebouças, provou o gosto amargo do caos no trânsito que já sente durante a semana.Quem tentou aproveitar o dia ensolarado na Lagoa Rodrigo de Freitas também foi obrigado a enfrentar um pesado congestionamento. 

>> Você enfrenta engarrafamento diariamente? Envie sua foto para o 'Jornal do Brasil'

Na sexta-feira (12), mais uma vez motoristas e passageiros sofreram com os constantes e intermináveis engarrafamentos. No final da tarde, saindo de São Conrado para chegar à Lagoa, os motoristas de táxi levavam, no mínimo, duas horas. Isso significa dizer que o taxista, no trajeto feito normalmente em 20 minutos, gasta imensamente mais combustível para que Eduardo Paes possa ficar feliz com sua pobreza. 

Outro quadro estressante ocorria para quem ia da Praça do Ó, no início da Barra da Tijuca, para o Túnel Rebouças. Esse percurso era feito em INACREDITÁVEIS 3h30. Os taxistas não aguentam mais essa situação e vão começar a rejeitar passageiros nesses percursos, porque geralmente retornam vazios e o consumo de combustível é elevadíssimo.

E a categoria dos taxistas ainda foi obrigada, pela prefeitura do Rio e o então secretário de Transporte, Carlos Roberto Osório, a pintar seus veículos de preto quando de cooperativas, fazendo com que se confundissem com táxis especiais  de porta de hotel - que cobram preços exorbitantes mas que o turista paga, por não saber distinguir a diferença -, e tendo recebido inclusive placas vermelha como se fossem pagadores de todos os impostos que táxis normais têm de pagar. 

Como se não bastasse, ainda há o sofrimento dos passageiros de transporte público, que num percurso que anteriormente era percorrido em 15 minutos, hoje gastam uma hora e meia. E quando fazem o trajeto para casa - antigamente percorrido em uma hora e meia -, hoje consome três horas de suas vidas. 

O inferno de paz.