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Prédio da Companhia Lanifício Alto da Boavista é implodido na Mangueira

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A antiga fábrica da Companhia Lanifício Alto da Boavista, na Rua Visconde de Niterói, nº 448, na Mangueira, Zona Norte do Rio, foi implodido na manhã deste domingo. A edificação, fechada há 17 anos, foi implodida para que a área receba o projeto de construção de 120 imóveis do Programa Minha Casa, Minha Vida, que serão distribuídos em seis blocos e quatro apartamentos por andar, para famílias com renda mensal de até R$ 1.600,00. 

Os trabalhos foram executados por equipes da Defesa Civil Municipal; das secretarias municipais de Habitação, de Conservação e de Desenvolvimento Social; da CET-Rio, da Subprefeitura do Centro, da Guarda Municipal e do Centro de Operações Rio.

Foram 10 segundos de detonação (somente barulho) e mais dois segundos de queda, quando foram utilizados 100 kg de explosivos. Estimativas indicam que foram produzidos aproximadamente 8.000 m³ de entulho. O Centro de Operações Rio acompanhou a ação e os bloqueios de trânsito em tempo real por meio das 30 câmeras instaladas em toda a região da implosão, incluindo vias utilizadas com rotas de desvio.

Além das 120 unidades que serão construídas no terreno da implosão de hoje, outras 80 serão erguidas em área contígua, totalizando 200 apartamentos no local. Entre a limpeza e preparação do terreno e o final das obras, a SMH estima um prazo de, no máximo, 22 meses para a entrega do empreendimento. 

Por uma questão de segurança, os moradores dos imóveis localizados na área de segurança máxima - um raio de 150 metros que abrange aproximadamente 200 famílias do Morro da Mangueira e a linha férrea do Metrô Rio e da Supervia - tiveram que deixar as suas casas nesta manhã e aguardaram em local seguro o término da operação e a liberação da área pela Defesa Civil, o que ocorreu às 7h15. Foi feita uma varredura do local e o retorno aos imóveis só foi permitido após a liberação total da área.

A Defesa Civil Municipal disponibilizou quarenta técnicos que ficaram de prontidão para garantir a segurança dos moradores do entorno. Pessoas com deficiência já cadastradas pelos agentes comunitários de saúde receberam auxílio ao deixar seus lares. O material informativo da implosão começou a ser distribuído para os moradores na terça-feira (19/08).

O prédio começou a ser construído em 1953 e encerrou suas atividades em 1997. Durante o funcionamento, teve a maior parte da produção destinada à exportação. A Companhia teve seu apogeu na década de 70, quando empregou cerca de 1.400 pessoas. Foi fundado pelo Comendador Levy Gasparian, conhecido empreendedor, falecido em 1972 e, desde 1992, nome de um dos municípios do Estado do Rio de Janeiro.

Após a implosão, duas equipes da Comlurb, totalizando 15 homens, entre garis, operadores de máquinas e encarregados, iniciaram a limpeza da área no entorno da edificação implodida com o apoio de dois caminhões pipa e um caminhão basculante, operação que durou 40 minutos. Os serviços foram realizados na Rua Visconde de Niterói e vias próximas. A equipe de emergência da Comlurb esteve de sobreaviso para qualquer eventualidade. Equipes da empresa Fábio Bruno, responsável pela implosão do prédio, também auxiliaram o serviço de limpeza.