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Gráfica: Marcelo Freixo espera atuação rápida da Justiça Eleitoral

Deputado diz que candidaturas dos envolvidos podem ser impugnadas

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“O prefeito está ficando sem braços”, alfineta o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), nesta terça-feira (12), referindo-se a mais um aliado de Eduardo Paes que se envolve em um escândalo de suspeita de desvio de dinheiro público, o deputado federal Pedro Paulo (PMDB). Primeiro, foi o braço direito do prefeito, deputado federal Rodrigo Bethlem, denunciado pela ex-mulher a uma revista semanal: afirmava em gravação ter uma conta na Suíça e insinuava receber propina. Agora é seu ‘braço esquerdo’, homem que ele queria para seu sucessor, Pedro Paulo, envolvido em um suposto esquema de desvio de dinheiro para campanha eleitoral. Freixo diz que as acusações são gravíssimas e que espera uma decisão rápida do Ministério Público sobre a gráfica High Level Signs, que prestou diversos serviços gráficos ao governo e à prefeitura do Rio de Janeiro em 2014.

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“Essa denúncia é gravíssima: primeiro que a tiragem não corresponde ao que foi pago e segundo que tem dinheiro público envolvido. Todo mundo tem direito a defesa, a questão tem que ser investigada e precisa de uma decisão rápida da Justiça eleitoral. Quem decide sobre esses supostos envolvidos é a Justiça Eleitoral, se forem comprovadas as denúncias é caso de impugnar sim, as candidaturas” comenta o político.

O Ministério Público Eleitoral, até o final da tarde desta terça-feira (12), informou que ainda não recebeu o caso e que só poderá se pronunciar depois de analisar a situação. A fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro lacrou, por tempo indeterminado, a empresa de comunicação visual High Level Signs, no Méier, na última sexta-feira (8), e informou que vai mandar o caso para o MP.

Segundo o TRE, a gráfica mantém contratos com a prefeitura do Rio e o governo estadual, com indícios de participação em esquema de desvio de dinheiro público para elaboração da propaganda de candidatos governistas da coligação PMDB, PP, PSC, PSD e PTB, em especial do ex-chefe da Casa Civil do prefeito Eduardo Paes (PMDB), o candidato a deputado federal Pedro Paulo (PMDB). Foram apreendidos R$ 28 mil em dinheiro, farto material de campanha, oito computadores e documentos.

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De acordo com o TRE, a empresa produzia material gráfico do candidato à reeleição ao governo estadual Luiz Fernando Pezão (PMDB), a deputado federal Pedro Paulo (PMDB), Leonardo Picciani (PMDB), Sávio Neves (PEN) e Rodrigo Bethlem (PMDB) e a deputado estadual Lucinha (PSDB), Osório (PMDB), Serginho da Pastelaria (PTdoB), André Lazaroni (PMDB) e Rafael Picciani (PMDB).  O dinheiro apreendido ficará sob a custódia do TRE-RJ, que vai encaminhar fotos, gravação, documentos e material irregular de campanha ao Ministério Público Eleitoral e ao Ministério Público Estadual, responsáveis por ajuizar ações nas áreas eleitoral e criminal contra a empresa e os candidatos suspeitos de participar da fraude.