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Pesquisador da Fiocruz preso relata 'humilhações' e 'violências' sofridas

Paulo Roberto deu entrevista a site de escola federal ligada à fundação

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As polêmicas envolvendo prisões de ativistas acusados de participar de manifestações e praticar atos de violência no Rio de Janeiro dominam as manchetes nacionais nos últimos dias. Antecipando as discussões, em novembro a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, órgão federal integrado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicou no seu portal uma matéria com o título "'Pedagogia do terror': testemunho de um ex-preso político da democracia". Trata-se de uma extensa entrevista com Paulo Roberto de Abreu Bruno, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), também ligada a Fiocruz, preso com outras dezenas de pessoas no dia 15 de outubro de 2013, quando participava de um protesto promovido por professores municipais e estaduais do Rio que estavam em greve. 

No texto de abertura da entrevista, Abreu Bruno é considerado "um dos presos políticos da atual democracia brasileira". Segundo a matéria, ele foi acusado sem provas e não teve direito à informação ou à presença de advogados, sendo encaminhado para uma delegacia e para dois presídios, incluindo Bangu 9. O pesquisador revelou que circulou pelos “porões da democracia brasileira”. 

Abreu Bruno fazia desde junho do ano passado as filmagens das manifestações que tomaram conta das ruas da cidade. O material serviria de base para futuras pesquisas. Durante a entrevista, o pesquisador relembrou os momentos mais difíceis da prisão, as humilhações e violências sofridas pelo que ele considerou como "presos políticos", descrevendo a rotina no sistema carcerário brasileiro, onde ele diz que é comum a violação de direitos. Destaca a solidariedade dos presos comuns e opina sobre a "fragilidade das lutas políticas diante do terror que o Estado, representado no caso pelo governo estadual, pode provocar", destaca ele. 

Leia a matéria na íntegra.