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Tiroteio na Rocinha volta a assustar moradores

Policiais chegaram ao local após receber uma denúncia 

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Durante a manhã deste sábado (19), mais uma vez, moradores da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, sofreram com a troca de tiros entre policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) e bandidos. O tiroteio começou por volta das 9h na localidade conhecida como Jaqueira. 

Segundo a assessoria da UPP, os policiais teriam chegado após uma denúncia de que traficantes estariam armazenando drogas em uma casa. Dois grupamentos de Polícia de Proximidade (GPPs) da UPP foram à localidade para investigar, e encontraram bandidos armados em um beco e houve troca de tiros.

Foram apreendidas 2.447 trouxinhas de maconha, um caderno com anotações e uma balança de precisão que foram levados para a 11ª Delegacia de Polícia, na Rocinha. A polícia informou que ainda está fazendo buscas na região para tentar localizar os traficantes. 

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Rotina de insegurança

Instalada em 2012, a UPP da Rocinha não parece estar mostrando resultados. Os tiroteios são constantes e deixam os moradores em estado de preocupação e insegurança. Desde o inicio deste ano a frequência dos casos parece aumentar e a presença da UPP não inibe a ação de criminosos e nem colabora para a proteção dos moradores.

No inicio do  mês de maio, uma pessoa morreu e outra ficou ferida gravemente. Em abril, um PM foi baleado na perna enquanto percorria a comunidade. Em março, um carro da PM foi atacado. Também no início do ano, um confronto entre policiais e traficantes  deixou quatro policiais feridos, entre eles o comandante das UPPs, coronel Frederico Caldas, e a comandante da UPP da Rocinha, major Priscilla Azevedo. Na ocasião, o tráfego no túnel Zuzu Angel chegou a ser fechado. Um suspeito morreu e outro ficou ferido.

A Rocinha ganhou repercussão internacional com o caso Amarildo, um ajudante de pedreiro que desapareceu em julho de 2013 após ter sido abordado por policiais da UPP local. Após investigações, foram identificados quatro policiais militares que participaram de uma sessão de tortura a que Amarildo teria sido submetido ao lado do contêiner da UPP da Rocinha. Após seis meses de buscas pelo corpo do pedreiro, a Justiça decretou a morte presumida de Amarildo.

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