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Vídeo mostra PMs agredindo morador da Rocinha

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Como foi noticiado ontem, um morador da Rocinha, Diego Barros denuncia uma abordagem violenta e perseguição, dentro da Rocinha, por policiais da UPP. Diego postou um vídeo filmado por um amigo de uma lage, onde mostra o momento da abordagem, que aconteceu na tarde da última sexta-feira (11). No vídeo é possível ver três policiais abordando de forma truculenta o rapaz. 

Na noite da última sexta-feira (11), por volta das 17h, Diego Barros, morador da Rocinha foi agredido por policiais da UPP, denuncia o rapaz. Ele afirma está sendo perseguido por policiais da UPP, por ter defendido sua enteada, no mês passado e que os policiais que o abordaram não estavam identificados.

Diego diz que estava de moto quando foi abordado por policiais quando descia a “Rua 4”.  “Eles me abordaram, mandaram eu descer da moto. Queriam me algemar porque eu estava conduzindo a moto de chinelo. Começou uma confusão, eles me agrediram com o fuzil e me ameaçaram”, relata. Segundo a mãe do rapaz, Eneidina Seabra, o filho pediu para que os PMS se identificassem e eles se negaram. Depois do ocorrido, o rapaz e o pai foram levados para a delegacia e lá prestaram depoimento informando a agressão contra os PMS, identificados como Fábio de Jesus e Gilmar da Silva Altino.

Eneidina conta que, no final do mês passado, a enteada do rapaz, uma menor de 16 anos, estava num local considerado “suspeito” e foi abordada por policiais, que a agrediram verbalmente. Diego chegou para intervir. Todos foram para a delegacia, mas a confusão terminou ali. Agora, a família está preocupada, porque o rapaz está sendo abordado frequentemente: “Para mim isso é perseguição, porque já é a terceira vez que eu sou parado”, comenta o rapaz.

Um morador do local, que preferiu não se identificar comentou “Infelizmente, atos violentos como esses mostram que a policia não está preparada para atuar dentro das favelas. Mais uma vez, o velho preconceito de que todo favelado é marginal toma frente e faz com que moradores, trabalhadores sejam abordados. Ser preto, pobre e morador de periferia é infelizmente, considerado como um crime”.

Eneidina disse que vai entrar com processo contra o ocorrido e segundo ela os agressores a filmaram e tiraram fotos dela dizendo que iriam enviar para os amigos da UPP Rocinha como forma de ameaçar a mãe do jovem. A PM foi procurada mas não atendeu as ligações.