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Proposta de Pezão não agrada e Polícia Civil convoca assembleia

Incorporação que a categoria pede seria paga em sete anos, sem reajuste; Greve pode começar sábado 

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Os policiais civis, que fizeram uma paralisação no final de maio, tinham o dia 12 de junho como prazo final para o governo do estado apresentar uma proposta à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) incorporando a gratificação ao salário. Semana passada, houve descontentamento quando a promessa não foi cumprida. Finalmente, na última terça-feira (17), foi indicada pelo governo uma nova proposta. Esta, porém, não agradou aos policiais e levou à convocação de uma nova assembleia para a próxima sexta-feira (20), para discutir a situação.

>>Pezão não cumpre promessa e policiais civis prometem greve para dia 25

Semana passada, a categoria informou que iria esperar até o dia 24 de maio pelo envio da proposta à Alerj e, caso o acordo não fosse cumprido, entrariam em greve no dia 25. Mas o clima de insatisfação depois da reunião entre o governador Luiz Fernando Pezão e o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Rio de Janeiro (Sindpol), Francisco Chao, onde foi apresentada a nova proposta, pode levar a uma paralisação logo depois da assembleia, já no sábado (21). 

O pedido dos policiais é que a gratificação de R$ 850 fosse incorporada ao salário. O governo ofereceu a incorporação, mas sem reposição inflacionária e escalonada até 2021. Segundo o assessor da Coligação dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Colpol) Rafael Maieiro, “o clima é de greve”.  

Os rumos da categoria serão decididos na assembleia de sexta, que poderia levar a uma greve a partir de sábado, segundo Chao. Caso a categoria decida por paralisação, os policiais manterão 30% do efetivo fazendo o trabalho de urgência nas delegacias enquanto o resto do contingente ficarão nas unidades policiais, aguardando a negociação.

Além da incorporação, nas reivindicações junto ao governo do estado, os policiais vêm pedindo para que a  Gratificação Especial de Atividade (GEAT) dos aposentados, ganho na Justiça há mais de três anos, seja paga pelo governo. O sindicato luta pelo aumento em 100% do tíquete refeição, que atualmente é R$ 12, e do vale transporte, que é de R$ 100 por mês. A categoria também pede a convocação pela Acadepol de 400 aprovados e não nomeados do concurso de investigador, em 2005.