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Polícia lança bombas de gás e dispersa protesto que ia em direção ao Maracanã

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Manifestantes tentavam seguir em direção ao Maracanã neste domingo (15), mas foram impedidos pela Polícia Militar, que lançou bombas de gás e fez barreiras com a Tropa de Choque em ruas próximas. A multidão se dispersou nos arredores do Shopping Tijuca. Até agora, 21 pessoas foram detidas. 

Antes, o protesto seguia pela Avenina Maracanã e foi desviado para uma rua lateral, após as primeiras bomas de gás lacrimogêneo e de efeito moral lançadas pela polícia. Com a nova aproximação, os policiais reagiram novamente.

Mais cedo, os manifestantes lotaram a Praça Saens Peña, na Tijuca, próximo ao Maracanã, num protesto contra os gastos com a Copa do Mundo. Faixas com os dizeres "Fifa go home" são exibidas. A praça é um dos locais chaves de saída do metrô para se chegar ao Maracanã, que recebe Argentina e Bósnia hoje, às 19h. 

Muitos policiais estavam na área e circulavam revistando os manifestantes. Não houve tumulto ou confronto. O esquema de segurança foi reforçado com as presenças de policiais do Batalhão de Choque e da Força Nacional de Segurança, com o apoio de três helicópteros da Polícia Militar, que dão voos rasantes sobre a área.

O entorno do Maracanã está isolado e sob forte esquema de segurança, buscando evitar a aproximação dos manifestantes do estádio. A polícia monitora a manifestação, mas sem interferir, limitando-se a seguir o protesto pelas laterais do grupo. Um grande número de jornalistas estrangeiros também acompanha o protesto.

O protesto  "Não vai ter Copa! Fifa Go Home" está sendo convocado pela Frente Independente Popular, via redes sociais. No evento do Facebook, eles se explicam: "O grito ‘NÃO VAI TER COPA’ surgiu nas ruas, no levante popular de junho de 2013, quando milhares de pessoas em diversas cidades do país lutaram por melhores condições de vida e de trabalho. Gritar esse lema é se posicionar contra o total domínio do poder econômico e de seus interesses nas decisões políticas, que devem ser determinadas pelo povo e voltadas única e exclusivamente às suas reais necessidades".

Na página do evento são explicadas as pautas do protesto, que também incluem as remoções populares, além dos “elefantes brancos”, a elitização nos estádios e a repressão nos protestos. 

*Com informações da Agência Brasil