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Professores em greve fazem panfletagem no Rio para buscar apoio da população

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Em greve há 28 dias, os professores das redes estadual e municipal do Rio fizeram um ato hoje (9) na Candelária, centro da capital fluminense, para informar a população sobre os problemas enfrentados diariamente pela categoria nas escolas e creches. Durante o encontro, os docentes realizaram panfletagem e aproveitaram para reivindicar o direito de negociação com a prefeitura e o governo do estado.

Amanhã (10), a categoria fará uma ação simbólica de doação de sangue, batizada de “Eu vou doar meu sangue pela educação”, que deve ocorrer no Instituto Estadual de Hematologia Arthur Siqueira de Cavalcanti (Hemorio) ou no Instituto Nacional do Câncer (Inca). Para a coordenadora-geral do Sindicato dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe), Marta Moraes, esses atos servem para conscientizar a população sobre o descaso dos governantes com o ensino público.

“Queremos conversar com a população, dialogar e denunciar os problemas que encontramos nas escolas. Encontramos sempre muita receptividade, tanto que quando passamos hoje pelo Centro Cultural Banco do Brasil, fomos aplaudidos por pessoas que passavam pelo lugar. Todos esses atos têm como objetivo explicar para a população o porquê da greve e cobrar negociação dos governantes”, disse.

Nesta quinta-feira (12), dia da abertura da Copa do Mundo, os docentes irão se reunir às 10h, na Candelária, para mais um ato unificado cobrando negociações. As duas redes de ensino reivindicam reajuste salarial de 20%, redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais e um terço da carga horária para o planejamento de aula. Na próxima sexta-feira (13), a categoria realiza assembleia no Club Municipal, na Tijuca, zona norte da cidade, para decidir os rumos da paralisação.

“A continuidade da greve só ocorre porque tanto prefeitura como governo estadual não se mostram receptivos à negociação”, afirmou Marta Moraes, acrescentando que, até o momento, a presidenta do Tribunal de Justiça do Rio, desembargadora Leila Mariano, não marcou a audiência conciliatória entre os professores e o governo. Segundo a coordenadora do Sepe, na semana passada a desembargadora se comprometeu a marcar a reunião até o dia 10.