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Professores do RJ mantêm greve e marcam ato para segunda feira

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Os professores das redes estadual e municipal de ensino do Rio de Janeiro decidiram em assembleia unificada na tarde desta quinta-feira (5) continuar com a greve, iniciada em 12 de maio. A assembleia, marcada inicialmente para o auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), foi transferida para o pátio do Palácio Gustavo Capanema, que abriga os escritórios do Ministérios da Educação e da Cultura. 

Os profissionais aguardam novas audiências no Tribunal de Justiça (TJRJ) onde, em reunião semana passada, as negociações não avançaram. Segundo Marta Moraes, uma das coordenadoras do Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe), não foi apresentada na audiência de conciliação qualquer proposta real por parte do governo. Os professores marcaram um ato para a próxima segunda-feira (16).

Os professores das duas redes reivindicam 20% de reajuste salarial, redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, além de um terço da carga horária para o planejamento de aula. 

Após a assembleia, os professores saíram em passeata pelas ruas do Centro. Eles caminharam até a Candelária, fechando vias da cidade. Na Candelária, além de rodoviários havia representantes de garis, servidores do IBGE, servidores federais da educação. 

A presidente do TJ, a desembargadora Leila Mariano, chamou as partes ao Tribunal. "Ela apresentou uma proposta para o governo de uma nova audiência antes do dia 10 de junho e vamos fazer um esforço para montar a pauta e o governo apresentar suas propostas", completou Marta.

No dia 27 de maio, a mesma desembargadora considerou a greve ilegal. Ela autorizou o governo a cortar o ponto dos grevistas. Foi estipulada também multa diária de R$ 300 mil para o Sindicato Estadual dos Profissionais em Educação no Rio caso a greve não seja encerrada. 

Segundo Marta, o departamento jurídico do Sepe está tentando argumentar. "Nós somos completamente contra o corte de ponto dos professores, queremos  que se respeite o código 61", comenta Marta, referindo-se a um código de "falta por greve", onde se coloca o número 61 para indicar que a falta foi por motivo de greve. O uso desse código no Mapa de Controle de Frequência (MCF), em seu decreto de criação, diz que esse código não pode ser punitivo.

Os professores irão se reunir novamente na sexta-feira (13) e tem um protesto marcado para a próxima segunda feira, na Cinlândia, às 10h. Os grevistas revindicam o cumprimento dos acordos estabelecidos durante a última paralisação, que durou 70 dias. A categoria alega que ainda não há 1/3 de atividades extra-classe, não houve redução de 40 para 30 horas semanais, controle quantitativo dos alunos, nem revisão da matriz curricular. Além disso, eles reclamam da diferença salarial entre professores da rede municipal, que estariam recebendo entre 18 e 25 reais por hora/aula.