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Confronto no Pavão-Pavãozinho ganha repercussão internacional

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Há 50 dias da Copa do Mundo, o confronto entre moradores da comunidade Pavão-Pavãzinho, em Copacabana, e policiais militares na noite de terça-feira (22), teve repercussão internacional. O tumulto começou após o corpo do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira ser encontrado dentro de uma escola. Os moradores da favela desceram o morro para interditar as ruas da região e foram impedidos por policiais do Batalhão de Choque e do Bope. O comércio também baixou as portas. Um outro rapaz de 27 anos morreu durante o confronto com um tiro na cabeça e, segundo moradores, um adolescente de 12 anos também foi baleado e morreu. Além das bombas de efeito moral, gás de pimenta e balas de borracha, também houve tiroteio na comunidade.

O francês Le Monde deu destaque ao tema, com vídeos e uma galeria de fotos. O jornal descreveu o episódio como “tumulto violento que eclodiu na noite da terça-feira, 22 de abril, em uma favela no bairro turístico de Copacabana”. A galeria de fotos do jornal, mostra abordagens policiais violentas, incêndios, prisões de manifestantes e até mesmo o corpo de um dos mortos no confronto sendo retirado da linha de fogo.

O New York Times, um dos mais importantes jornais do mundo, publicou uma reportagem intitulada “Brasil: violência mortal entra em erupção no Rio”. O jornal americano também afirma que a episódios violentos têm tomado conta da capital carioca há dois meses e enfatiza a preocupação com a cidade que servirá como uma das sedes da Copa do Mundo. O New York Times se referiu à violência na comunidade Pavão-Pavãozinho como um “distúrbio”.

O Washington Post afirmou que a “violência explode em favela do Rio favela” e ressalta a proximidade da Copa e também das Olimpíadas. O jornal americano publicou fotos do confronto e falou como o pânico que atingiu os moradores de Copacabana na noite de noite. A publicação ressalta que o confronto aconteceu em uma a centenas de metros de onde são esperados eventos de natação durante as Olimpíadas. A reportagem também disse que os moradores da comunidade culpam a polícia pela morte de DG, descrito como uma “personalidade popular na favela”.

Já o El País deu destaque de capa para o confronto dizendo que “a violência e o caos chegam à turística Copacabana”. Além das imagens do confronto, o jornal fala em narcotráfico, mal estar social e revolta. A publicação se referiu ao tradicional bairro da Zona Sul como o “palco de um conflito” e destacou a proximidade dos eventos esportivos mais importantes do mundo.