ASSINE
search button

Prefeitura diz que cerca de 1,5 mil desabrigados já foram cadastrados

Demais famílias aguardam reabertura para cadastramento ao lado do prédio da Prefeitura

Compartilhar

A Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social informou que, até as 10h desta quarta-feira (16), mais 204 famílias de desabrigados já foram cadastradas por agentes da Prefeitura, para além das 1.252 nos dois dias anteriores de atendimento.

De acordo com o militante do Movimento Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) Esteban Crescente, que está dando apoio e orientação aos desabrigados, até cerca de 15h mais de 100 famílias ainda aguardavam por cadastramento ao lado do prédio da Prefeitura. Segundo ele, a Prefeitura promete passar uma posição atualizada de como ficará a situação dos manifestantes, mas nada é dito. “A Prefeitura está enrolando, dando voz de esperança para alguns ficarem aqui aguardando enquanto outras ficam dentro das comunidades sendo esmagadas socialmente”, disse.

Ao longo da última terça-feira (15), manifestantes voltaram a entrar em confronto com a Guarda Municipal. Um carro-forte, uma ambulância e um ponto de ônibus foram depredados e o trânsito na Avenida Presidente Vargas foi comprometido durante praticamente todo o dia. No fim da tarde, a ausência de acordo entre os manifestantes e a prefeitura resultou em mais tumulto e, no fim da noite, o aparato policial ainda era grande, com cerca de mil agentes da Polícia Militar e da Guarda Municipal, apesar de restarem poucos desabrigados na região.

>> Ex-moradores da Favela da Telerj entram em confronto com guardas municipais

Representantes da assessoria da Prefeitura garantiram que a situação está controlada durante a tarde de quarta-feira e que são poucos os riscos de novos confrontos com manifestantes. Contudo, representantes de movimentos que estão dando apoio aos desabrigados afirmaram que a situação continua tensa. Agentes da Guarda Municipal e da Polícia Militar continuariam de prontidão no entorno do prédio da Prefeitura, munidos de equipamento de choque e alguns cães de enfrentamento.

Apesar disso, Esteban afirma que os ex-ocupantes vão continuar de prontidão aguardando um posicionamento da Prefeitura. “As pessoas estão preocupadas, principalmente as que estão aqui hoje. Algumas têm algum parente com casa, mas as que estão aqui agora são justamente as que não têm para onde ir”, afirmou.